Gripe
Imagem: Freepik

A gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, com alta capacidade de transmissão, causada pelo vírus Influenza. Ela pode levar a complicações graves (por vezes fatais), especialmente, mas não exclusivamente, em indivíduos do grupo de risco (ex.: gestantes/puérperas, idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, imunodeprimidos).

O vírus da Influenza possui 4 tipos (A,B,C e D), sendo que os tipos A e B são os responsáveis pelas epidemias sazonais e, por isso, estão contemplados rotineiramente nas vacinas da gripe anuais.

O inverno, com suas baixas temperaturas e mudanças de hábitos da população, ano após ano, os casos de infecções respiratórias sofrem um aumento considerável de incidência. Ao longo dos últimos meses, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) – principalmente pelo vírus Influenza A – vêm apresentando uma significativa alta na maior parte do País.

Apesar desse aumento importante do número de casos, a procura pela vacinação ainda é muito baixa, gerando preocupação a autoridades e especialistas.

Como evitar a infecção e os casos graves?

A melhor forma de manter-se afastado da gripe e de suas complicações (ex.: pneumonia, sinusite, otite, exacerbação de doenças crônicas, desidratação) é, sem dúvida, por meio da vacinação. A vacina da gripe é segura, eficaz e não causa a doença, já que sua formulação utiliza vírus inativado (morto).

Por ocorrer uma constante mudança dos perfis dos vírus influenza circulantes, se faz necessário um monitoramento global e reformulação das vacinas, que são atualizadas anualmente.

No Brasil existem, basicamente, 2 tipos de vacinas da gripe: a trivalente (3V) e a quadrivalente (4V). A trivalente é a vacina que é disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e, sua formulação desse ano, protege contra o Influenza A/Victoria (H1N1), o Influenza A/Croatia (H3N2) e o Influenza B/Áustria (linhagem B/Victoria). Já a vacina quadrivalente de 2025, disponível apenas na rede particular, protege contra todos os vírus presentes nas trivalentes, além do Influenza B/Phuket (linhagem B/Yamagata).

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Desde 2023, também está disponível na rede privada de saúde uma vacina quadrivalente de alta concentração, chamada de “high dose” (HD4V). Essa vacina, indicada para os maiores de 60 anos de idade devido a pior resposta vacinal dessa população (por conta da imunossenescência e das doenças crônicas), apresenta níveis de antígenos 4x maiores do que a quadrivalente de dose padrão.

Além da vacinação, algumas medidas gerais de prevenção – que também reduzem a chance de adquirir ou transmitir infecções respiratórias – devem ser adotadas no dia a dia, dentre as quais podemos citar:

  • Higienização das mãos com água e sabão (ou álcool em gel);
  • Evitar aglomerações e/ou lugares fechados;
  • Etiqueta respiratória (ex.: cobrir boca e nariz com lenço de papel ao tossir/espirrar, uso de máscaras em caso de coriza e/ou tosse);
  • Evitar um contato próximo com indivíduos que estejam apresentando sinais e sintomas de gripe;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

Dr. Pedro Serrão Morales

Colunista

Médico Patologista Clínico; ​ Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Universidade Federal Fluminense (UFF);​ Membro titular da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML); ​ Responsável Técnico do Laboratório Morales (Grupo Tommasi); ​ Médico Patologista Clínico do Laboratório Central do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF); ​ Editor de Medicina Laboratorial da Afya (Afya Whitebook/Portal Afya); ​ Médico do corpo clínico do Instituto Estadual de Doenças Tórax Ary Parreiras (IETAP SES-RJ).

Médico Patologista Clínico; ​ Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Universidade Federal Fluminense (UFF);​ Membro titular da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML); ​ Responsável Técnico do Laboratório Morales (Grupo Tommasi); ​ Médico Patologista Clínico do Laboratório Central do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF); ​ Editor de Medicina Laboratorial da Afya (Afya Whitebook/Portal Afya); ​ Médico do corpo clínico do Instituto Estadual de Doenças Tórax Ary Parreiras (IETAP SES-RJ).