
“Sou o R.A.F.A. – Robô de Apoio à Farmácia e Assistência – e agora faço parte do dia a dia do Hospital Santa Rita! Cheguei para automatizar o transporte de medicamentos e trazer mais agilidade – e uma pitada de tecnologia – à rotina hospitalar. Eu levo para lá e para cá, com muita segurança, organização e, claro, muito bom humor robótico, os remédios e materiais necessários para os cuidados dos pacientes internados. Tenho muitas habilidades e vou transformar a assistência à farmácia e à enfermagem no Espírito Santo.”
Com essa simpática apresentação, o Hospital Santa Rita inicia os trabalhos do seu novo assistente robótico. “A crescente complexidade da assistência hospitalar exige que os serviços de farmácia sejam cada vez mais eficientes, seguros e integrados aos demais setores do cuidado ao paciente. Nesse cenário, a automação de processos surge como uma estratégia essencial para elevar o padrão de qualidade na gestão de medicamentos”, diz Wilson Calmon, diretor de Mercado e Relações Institucionais do Hospital Santa Rita.
Produtividade e Segurança na Automação Hospitalar
Os dois robôs estarão em operação 24 horas por dia, sete dias por semana, realizando em torno de 4 mil entregas/mês sem interrupções, em dez postos de enfermagem distribuídos nos quatro andares do Hospital Santa Rita. A tecnologia – inédita na área hospitalar do Espírito Santo – proporciona rastreabilidade total das entregas dentro da instituição, reduzindo erros e garantindo que os medicamentos cheguem ao destino correto.
Com sensores, câmeras e tecnologia de Inteligência Artificial, os robôs detectam e evitam obstáculos em tempo real, garantindo entregas seguras mesmo em ambientes movimentados. “Nosso R.A.F.A consegue trafegar por corredores movimentados, atravessar blocos, acionar e utilizar elevadores e abrir portas automatizadas, tudo com precisão programada. Assim, ele evita colisões ou manuseio humano desnecessário, contribuindo para reduzir erros, avarias e extravios”, enfatiza Tiago Zatta de Moraes, gerente de Farmácia e Suprimentos do Hospital Santa Rita.
A Importância da Automação na Farmácia Hospitalar
A entrega de medicamentos aos setores assistenciais é uma etapa crítica no fluxo logístico da farmácia hospitalar, diretamente relacionada à segurança do paciente, à agilidade no atendimento e à eficiência da instituição. No entanto, esse processo ainda é, em muitos hospitais, realizado de forma manual, sujeita a atrasos, falhas de comunicação, extravios e erros na administração de doses. “A automação representa um avanço na segurança do paciente, na rastreabilidade das etapas do circuito do medicamento e na otimização do tempo da equipe farmacêutica, que pode se dedicar mais às atividades clínicas e de apoio à equipe multiprofissional”, explica o gerente.
Ele acrescenta que, nesse contexto, a automatização das entregas surge como uma resposta estratégica às demandas por maior rastreabilidade, precisão e velocidade. “Tecnologias como robôs de delivery autônomos, dispensários eletrônicos localizados próximos ao ponto de cuidado e sistemas automatizados de distribuição têm transformado a dinâmica da farmácia hospitalar, permitindo que medicamentos cheguem ao destino certo, na hora certa, com mínima interferência humana”, pontua Tiago Zatta de Moraes.
Benefícios da Automação na Assistência ao Paciente
“Mais do que uma inovação tecnológica, a automação das entregas representa um salto qualitativo na assistência, ao reduzir o tempo de espera por medicamentos, liberar profissionais para atividades mais complexas e garantir maior segurança em todo o circuito do medicamento. Ao substituir tarefas físicas e cansativas, o robô reduz a carga de trabalho repetitivo da equipe, alocando o time para outras funções como capacitação ou suporte direto ao paciente”, diz.
Para Wilson Calmon, diretor de Mercado e Relações Institucionais do Hospital Santa Rita, a automação contribui para aumentar a produtividade e otimizar tempo. “O profissional da assistência vai ter um tempo ainda maior para focar no atendimento ao paciente, aumentando a qualidade e a segurança do cuidado. Isso impacta diretamente no desfecho clínico, que tende a ser melhor, e também permite mais tempo para acolher a família, algo essencial no processo de recuperação”, destaca.