Saúde

Infarto em mulher pode passar despercebido. Entenda os principais sintomas!

Além da idade, a dificuldade na percepção dos sinais se dá por conta da diferença de características anatômicas da mulher

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Foto: Reprodução / Instagram

O corpo feminino apresenta sinais diferentes de infarto em relação ao homem. De acordo com informações do cardiologista Marcelo Sampaio, no caso da mulher as dores podem ter outra intensidade, irradiação e outros sintomas atípicos, como fraqueza e tontura. 

Para o especialista, por conta da diferença dos sintomas, a mulher demora muito mais tempo a procurar o pronto-socorro do que o homem, que tem sintomas claro da doença.

Sampaio explica que entre os sintomas que a mulher pode apresentar durante um infarto estão a ocorrência de náuseas, vômitos, palpitação, desmaios, suores frios, cansaço, fraqueza, tontura, além dos sintomas clássicos, como a dor no peito que irradia para o braço, falta de ar, dores na região cervical, dores nas costas e até mesmo na mandíbula. O cardiologista destaca que, de maneira geral, esses sintomas ocorrem na mulher em uma idade superior a do homem, geralmente acima dos 55 anos, e a percepção dos alertas costuma ser menor.

Além da idade, a dificuldade na percepção dos sinais se dá por conta da diferença de características anatômicas da mulher, como as artérias, que têm um diâmetro menor que as dos homens, e pela questão hormonal. Segundo o cardiologista, quando a mulher entra na menopausa, ela perde a proteção do estrogênio, hormônio feminino que estimula a vasodilatação, aumentando a propensão ao infarto.

Uso de pílulas

Sampaio afirma que mulheres que fazem o uso de pílulas anticoncepcionais também apresentam um risco maior de ter um infarto. Isso porque a pílula aumenta os casos de trombose e estimula a produção de coágulos na artérias coronárias, além de aumentar a pressão arterial feminina, que é um fator de risco para a ocorrência de um infarto. De acordo com o cardiologista, a maioria das mulheres jovens que usam a pílula contraceptiva são aquelas que apresentam a ocorrência de infarto

Tabagismo

O cardiologista explica que outros fatores de risco aumentam a incidência de infarto em mulheres jovens, como o tabagismo, uso de drogas ilícitas, estresse em situações de violência, que causam infartos sem obstrução, pois o próprio sentimento de medo libera substâncias que podem fechar as artérias. Outros fatores, como depressão, ansiedade, pressão alta, diabetes do tipo 2, colesterol, sedentarismo e histórico familiar são também fatores de risco para o infarto

Busca de tratamento

Sampaio afirma que, caso a mulher perceba algum sintoma e ele não passe em 20 minutos, ela deve procurar o atendimento médico o mais rápido possível. Ao chegar no hospital, a suspeita de infarto deve ser comunicada para que o tratamento seja preferencial e o atendimento mais rápido. Segundo o médico, hoje os hospitais têm protocolos para o reconhecimento rápido de um infarto, devendo encaminhar o paciente a um pronto-socorro dentro de cinco minutos e solicitar um exame de eletrocardiograma.

* Com informações do Portal R7.