
Embora os avanços da medicina reprodutiva tragam cada vez mais soluções para a infertilidade, o tema ainda é cercado por tabus, desinformação e solidão. Porém, nos últimos anos, o debate sobre o tema ganhou força com a coragem de mulheres que decidiram compartilhar suas experiências pessoais.
A atriz Mariana Rios, por exemplo, tornou pública sua jornada como mulher tentante. Hoje, grávida do seu primeiro filho, ela dividiu suas tentativas e frustrações, dando voz a tantas outras mulheres que passam pelo mesmo processo, mas se sentem isoladas, envergonhadas ou até mesmo culpadas.
Já a atriz Viviane Araújo, ao falar abertamente sobre a maternidade por ovodoação, cumpre um papel igualmente importante: desmistificar técnicas de reprodução assistida e mostrar que há diversos caminhos possíveis para se tornar mãe. Sua escolha inspira outras mulheres a enxergarem a ovodoação como um caminho legítimo e amoroso para realizar o sonho da maternidade.
A infertilidade pode afetar qualquer mulher
Essas histórias reais, compartilhadas com sensibilidade, ajudam a desconstruir a ideia de que engravidar é sempre fácil e rápido. Elas nos lembram que a infertilidade pode afetar qualquer mulher — independentemente de fama, sucesso ou planejamento.
Também reforçam a importância do planejamento reprodutivo consciente, especialmente em um mundo onde muitas mulheres optam por adiar a maternidade por motivos profissionais, emocionais ou financeiros.
A ciência tem respondido a essa nova realidade com alternativas eficazes, como o congelamento de óvulos, técnica recomendada especialmente para mulheres com menos de 35 anos que desejam preservar sua fertilidade para o futuro.
A avaliação da reserva ovariana, por meio de exames como a contagem de folículos antrais e a dosagem do hormônio antimülleriano (AMH), permite um planejamento individualizado, baseado em dados objetivos.
A infertilidade e o impacto emocional
Mas a jornada da infertilidade não é apenas biológica. Ela também envolve um forte componente emocional. Ansiedade, tristeza, culpa e isolamento são sentimentos comuns durante esse processo.
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Por isso, o apoio psicológico especializado é parte essencial do tratamento. Ter uma equipe acolhedora, formada por médicos especialistas em medicina reprodutiva e psicólogos, ajuda os casais a enfrentarem essa fase com mais segurança, resiliência e esperança.
Falar sobre infertilidade é urgente
Falar sobre infertilidade é urgente. E mais do que isso: é necessário tornar o assunto acessível, humano e livre de julgamentos.
As mulheres que compartilham suas vivências, como Mariana Rios e Viviane Araújo, cumprem um papel transformador ao iluminar esse caminho. Elas mostram que não há uma única forma de ser mãe e que cada história é única — mas todas merecem respeito, escuta e acolhimento.
Que possamos ampliar esse debate com empatia e informação. Porque quando falamos sobre reprodução humana, não estamos apenas falando de uma área da medicina — estamos falando de sonhos, de possibilidades e da força de quem insiste em acreditar.