
Com os recentes casos de intoxicação por metanol em São Paulo, um alerta se acendeu para a necessidade de identificação de bebidas alcoólicas possivelmente adulteradas.
No Brasil, somente este ano já foram apreendidas mais de 160 mil garrafas de bebidas adulteradas, número que inclui o Espírito Santo.
Em Viana, uma fiscalização da Guarda Municipal resultou na apreensão de 22 garrafas de uísque. Segundo a inspetora Mariana, existem alguns indícios que podem apontar a adulteração dos produtos.
“Quando a gente reparou as mesmas bebidas com as mesmas marcas, elas estavam desniveladas, o que é o primeiro indício de adulteração. Há os lacres também, todos têm número de série e no caso destas garrafas, todos estavam iguais, o que não pode acontecer. Além disso, temos a qualidade do papel, do selo que está naquele lacre”, disse.
Sinais de adulteração
Segundo a Associação brasileira de Bebidas Destiladas, 36% das bebidas alcoólicas consumidas no Brasil são falsificados.
A associação aponta que é possível notar indícios de adulteração no lacre ou tampa violada, rótulo impresso em má qualidade e até mesmo alteração no gostou ou cheiro da bebida.
Apesar disso, segundo a médica toxicologista Rinara Angélica de Andrade Machado, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), existe uma forma ainda mais fácil de identificar uma possível adulteração.
“Normalmente, essas bebidas adulteradas têm um valor muito mais baixo de mercado, isso são sinais sugestivos de possibilidade de adulteração da bebida”, disse.
A especialista lembra que não existe quantidade segura para o consumo de metanol, e quanto maior for a quantidade exposta, maior pode ser o dano causado à visão do paciente, além de causar morte.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que não há registro de intoxicação por metanol no Espírito Santo. Caso o paciente apresente sintomas, deve procurar ajuda médica imediatamente.
*Com informações do repórter Gabriel Cavalini, da TV Vitória/Record