Saúde

Mais de 200 capixabas poderão ter câncer de colo de útero neste ano

Março Lilás visa levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino

Mais de 200 capixabas poderão ter câncer de colo de útero neste ano Mais de 200 capixabas poderão ter câncer de colo de útero neste ano Mais de 200 capixabas poderão ter câncer de colo de útero neste ano Mais de 200 capixabas poderão ter câncer de colo de útero neste ano
Foto: Divulgação
Os tipos de tumores malignos mais frequentes dessa doença são os carcinomas epidermoides.

No mês de março as mulheres de todo o mundo são homenageadas e lembradas, principalmente pelas constantes reivindicações dos seus direitos e pela luta da igualdade. A campanha Março Lilás entra nesse clima e dedica o mês inteiro a elas, visando levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre mulheres em todo o Brasil. Dados apontam que, até o final do ano, na região sudeste, é estimado que 4.420 mulheres tenham a doença, sendo 250 somente no Espírito Santo.

Importância do Março Lilás

O controle do câncer do colo do útero é hoje uma prioridade da agenda de saúde do País e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, lançado pelo Ministério da Saúde, em 2011. Isso porque, as organizações de saúde de todo o país têm constatado que existem mulheres que ainda desconhecem a necessidade de prevenção do câncer de colo do útero, e outras até sabem da importância, mas não buscam realizar os exames. Por isso, a campanha Março Lilás vem se tornando cada vez mais relevante.

Papanicolau diminui as chances da doença

A oncologista da Medquimheo, Morgana Stelzer, explica o intuito da campanha. “Tem como principal objetivo alertar a mulher para os principais sinais e sintomas que devem direcioná-la a buscar ajuda médica. Além de reforçar a necessidade de realização do exame preventivo (Papanicolau) para aquelas que já iniciaram a vida sexual”, relata.

Por meio desse exame, é possível detectar as lesões pré-cancerosas e combatê-las, antes que evoluam para um câncer. “Não se pode esquecer de buscar o resultado e retornar ao médico, para que acompanhe e indique possíveis tratamentos”, completa a oncologista.

Como funciona o exame?

O exame preventivo é simples e rápido. A oncologista alerta para algumas observações necessárias. “Para a garantia de um resultado correto, não se deve ter relações sexuais no dia anterior. É importante que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Grávidas também podem fazer, sem prejudicar sua saúde ou a do bebê”, afirma.

HPV causa quase 100% dos cânceres de colo uterino

O câncer de colo uterino é causado, em quase 100% dos casos, pelo vírus HPV, em que a transmissão ocorre durante as relações sexuais. A oncologista fala sobre os sintomas da doença. “Os sinais podem não aparecer na fase inicial, por ser uma doença de desenvolvimento lento. Contudo, em casos já avançados, o sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, a secreção vaginal anormal e a dor abdominal, podem aparecer”, explica Morgana.

Os tipos de tumores malignos mais frequentes dessa doença são os carcinomas epidermoides (80% dos casos) e os adenocarcinomas (20% dos casos).

O que aumenta o risco da doença?

Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de se obter o câncer de colo do útero. Começar a atividade sexual precocemente e a dependência do cigarro são questões que devem ser evitadas.