As cirurgias no quadril passaram a ser oferecidas gratuitamente pelo governo do Espírito Santo, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, mais de 400 pessoas aguardam na fila pelo procedimento.
Uma das pessoas que aguardavam pela cirurgia no Estado era Maria Aparecida, de 62 anos, que convive com dores no quadril desde os 13. Na época, ela sofreu um acidente durante uma aula de educação física.
Leia também: Enxaqueca afeta milhões de brasileiros e a DTM pode ser a causa oculta
“Isso foi em 1975. Eu era ginasta no meu colégio, portanto eu tinha que treinar, mas não tinha lugar para treinamento, só na hora da educação física. Foi quando eu caí, saí rolando e desloquei a cabeça do fêmur. Desde esse momento, eu não tive paz na minha vida”, conta.
Cirurgia no quadril como opção contra a dor
A lesão piorou e prejudicou os movimentos. Durante muitos anos, ela aguardou pela cirurgia de quadril e saiu de Piúma no início da semana para realizar a operação em Vitória. Após o procedimento, ela já está em recuperação.
“Não aguentava fazer nada. Para lavar vasilha, tinha que ficar sentada. Se eu fosse varrer um cômodo, varria dois metros e tinha que sentar. Vivia praticamente à base de remédio. Agora quero tirar minha carteira de motorista”, afirma.
Segundo os médicos, a artroplastia de quadril é uma das cirurgias ortopédicas mais complexas.
“São as cirurgias que fazemos para substituir uma articulação danificada, seja por doença, traumas ou sequela. A gente faz a troca da articulação do ombro, do joelho, do quadril, em qualquer articulação que a gente tem acesso para fazer”, explicou o médico ortopedista Alceu Cardoso de Souza.
Atualmente, mais de 400 pessoas estão na fila de espera pela cirurgia. No entanto, o secretário de saúde do Estado, Tyago Hoffman, chama a atenção para a desistência de pacientes em passar pela operação.
“Estamos fazendo uma chamada desses pacientes, para que eles passem por uma consulta, exames e depois a cirurgia. Mas quando esses pacientes vêm para a consulta, vários deles não querem operar. Nós imaginamos que, fazendo essas primeiras consultas, nós vamos chegar entre 300 e 350 pacientes que vão ser operados no Hospital Central”, estimou.
Hospital Estadual Central vira referência da cirurgia
Para atender a população que precisa, o serviço foi ampliado e passou a ser ofertado pela rede pública de saúde. O Hospital Estadual Central é referência na área.
“Quando o problema do paciente for quadril, ele poderá ir até o Hospital Central, fazer a consulta, os exames, a cirurgia e depois o acompanhamento do pós-cirúrgico”, disse o secretário.
Desde o dia 17 de maio, 11 cirurgias desse tipo foram realizadas no hospital. A expectativa é de que 48 procedimentos sejam feitos por mês, revelou o governador Renato Casagrande.
“Esse serviço do Hospital Central, fazendo em torno de 48 cirurgias por mês, vamos conseguir atender em menos de um ano todas as pessoas que estão na fila”, afirmou o governador.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record