Mulher com manchas no rosto
Mulher com manchas no rosto. Foto: Freepik

Vista para o mar, pé na areia e muita diversão. Esse é o combo perfeito para um verão dos sonhos. Mas e quando a estação sai de cena?

Após curtir dias intensos de praia, pode ser que surjam manchas na pele. Isso acontece porque o verão é a época do ano mais propícia para o surgimento de manchas, isso por causa da exposição solar.

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A dermatologista Ana Flávia Lemos explica que a exposição aos raios solares pode estimular as células responsáveis por pigmentar a pele, chamadas de melanócitos.

Ao ter contato direto com o sol, a pele sofre um aumento na produção de melanina, o que pode causar desde manchas comuns, como sardas, que chamamos de melanose solar, até melasmas. É importante destacar que a radiação solar também degrada o colágeno e causa fotoenvelhecimento, destaca.

Afinal, qual a diferença entre manchas e melasmas? A melanose solar são aquelas manchas de diferentes tonalidades que tendem a aparecer com o avançar da idade.

Já o melasma é provocado pela hiperpigmentação da pele, resultando em manchas escuras que podem se agravar com a exposição excessiva ao sol.

Quando o verão termina é o momento ideal para tratar as manchas. Isso porque, como a exposição da pele ao sol é reduzida após o verão, é chegado o momento ideal para recuperar os danos causados pela estação solar. Entre os tratamentos indicados estão peelings, laser e clareadores tópicos.

Confira técnicas e produtos de clareamento indicados

Laser

Conhecido por potencializar e acelerar o processo de remoção ou clareamento das manchas, o laser está entre os tratamentos mais eficazes para o melasma.

A dermatologista Ana Flávia Lemos destaca que o laser é o tratamento padrão ouro quando o assunto é remoção, clareamento de manchas ou até mesmo o rejuvenescimento da pele.

“O laser atua remodelando e melhorando o colágeno danificado pela exposição solar, além de ser muito eficaz no tratamento de manchas comuns, de acne e melasmas”, explica.

Fotobiomodulação

Dica valiosa quando o assunto é o melasma, a fotobiomodulação é muito recomendada. A técnica utiliza a luz de led para reduzir a inflamação presente no melasma.

Skincare

Incluir na rotina de skincare clareadores de manchas que contenham na composição ativos despigmentantes ou multicorretores faz toda a diferença.

Ana Flávia orienta que a utilização desses produtos varia de acordo com o tipo de pele e as necessidades do paciente, por isso é indispensável fazer o acompanhamento médico.

Clareadores tópicos também podem ser utilizados para amenizar as manchas. Entre eles, a esfoliação é uma importante aliada e atua promovendo a renovação celular e retirando as células mortas da superfície da pele.

Peeling químico

O peeling químico atua estimulando a renovação celular, por meio da aplicação de ácidos ou esfoliantes responsáveis por destruir parte da derme e da epiderme. Desta forma é possível clarear tanto manchas provocadas pela melanose, quanto por melasma.

Mas fica o alerta: o peeling não é indicado em todos os casos, por isso é necessário passar pela avaliação de um especialista.

Cuidados essenciais e prevenção

A prevenção é sempre a melhor escolha, tanto nos cuidados para o não agravamento das manchas, quanto na prevenção.

De acordo com a dermatologista, utilizar o filtro solar é a ação mais eficaz. Em especial os com cor, chamados de protetores físicos, pois a pigmentação presente atua como uma barreira, protegendo a pele tanto dos raios UV, quanto da luz visível, presente em eletrônicos como celular, computador e TV.

Ao contrário do que muitos pensam, a luz visível, assim como os raios solares, também contribui para o surgimento e piora das manchas e do melasma.

A dermatologista faz o alerta: “Mesmo fora do verão, estamos expostos a luz visível durante todo o dia, seja no trabalho ou dentro de casa. Aplicar o filtro solar diariamente é indispensável. Também é importante que a aplicação seja feita em todo o corpo, pois áreas desprotegidas, como mãos e colo, podem ser acometidas por manchas e melasmas”.

Como escolher um bom protetor solar?

Em meio a tanta variedade é normal ficar em dúvida em relação a qual protetor solar escolher. A dermatologista Ana Flávia Lemos orienta a buscar sempre por um filtro com pigmentação, e explica quais os critérios devem ser levados em consideração no momento da escolha.

Confira algumas dicas a seguir:
  • Protetor com cor, com no mínimo FPS 30;
  • Observar se é indicado para seu tipo de pele (mista, seca ou oleosa);
  • Conter uma boa cobertura, uniformizando a pele;
  • Verificar se o produto tem a tonalidade compatível com o tom da pele.
Dra. Ana Flávia Lemos

Dermatologista

Médica formada pelo FTESM do Rio de Janeiro, especialista em Dermatologia pelo Serviço de Dermatologia do Prof Azulay na Santa Casa do Rio de Janeiro. Preceptora da Pós Graduação de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro 2003 - 2008. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Médica formada pelo FTESM do Rio de Janeiro, especialista em Dermatologia pelo Serviço de Dermatologia do Prof Azulay na Santa Casa do Rio de Janeiro. Preceptora da Pós Graduação de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro 2003 - 2008. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia