
Sono irregular, alterações de humor, falta de energia, problemas com o apetite, desesperança, baixa autoestima e dificuldade de concentração. Os sintomas podem até indicar um quadro de depressão, mas e se o problema for outro? a distimia. De acordo com o psiquiatra Elton Kanomata, a semelhança entre os sintomas que caracterizam essas doenças faz com que o diagnóstico demore alguns anos para ser confirmado.
A distimia é uma alteração de humor que tem uma duração de pelo menos dois anos e se manifesta de maneira silenciosa e lenta. O doutro Kanomata explica que com a falta de prazer e ânimo, a pessoa pode ser vista como mal humorada ou ranzinza, sem que os outros entendam que isso é uma doença.
Segundo o psiquiatra, a distimia se difere da depressão na intensidade dos sintomas e no impacto na vida social e psíquica do paciente, seja em momentos de crise, ou não. Entre outros sentimentos que a pessoa com distimia pode apresentar estão: sensação de inadequação, isolamento, culpa, preocupação com o passado, raiva excessiva e diminuição da produtividade.
“Esses pacientes têm maior dificuldade em iniciar ou manter um relacionamento por causa da falta de prazer e interesse, pelo mau humor, pela falta de autoestima e, com isso, acabam se isolando”, explica o psiquiatra.
A distimia pode surgir ainda na infância ou na adolescência, e a maioria dos casos ocorre antes dos 25 anos. A prevalência da distimia é de 3% a 6% na população geral, sendo as mulheres até três vezes mais propensas a desenvolver o problema.
O psiquiatra afirma que o diagnóstico é realizado de maneira clínica, por meio de conversas com o paciente, mas podem ser solicitados exames. O tratamento é realizado com medicamentos antidepressivos e com psicoterapia, apresentando melhores resultados quando associados.
– Via Portal R7