O metanol (álcool metílico) é uma substância altamente tóxica para o corpo humano, e um dos órgãos mais afetados é o nervo óptico, responsável pela visão. A ingestão, inalação ou até mesmo absorção cutânea de metanol pode causar lesão no nervo óptico.
No organismo, o metanol é metabolizado em formaldeído e ácido fórmico, que são extremamente tóxicos para o sistema nervoso central e para as células da retina e do nervo óptico.
Um dos maiores problemas do metanol é a dificuldade para identificá-lo. Ele não altera a cor, o cheiro ou o sabor das bebidas, sendo impossível detectá-lo a olho nu ou por testes caseiros. Sua presença só pode ser confirmada por análises laboratoriais.
Sintomas
Os sintomas visuais da intoxicação por metanol são:
- Visão borrada;
- Manchas escuras;
- Fotofobia;
- Redução da acuidade visual;
- E até cegueira irreversível.
Os sintomas geralmente surgem entre 12 e 24 horas após a exposição, mas podem aparecer antes.
Quadro clínico e sequelas
Além da perda visual, o quadro clínico também pode envolver dor abdominal, vômitos, respiração acelerada (acidose metabólica), confusão mental, convulsões e coma.
Mesmo com tratamento, a neuropatia óptica pode deixar dano permanente, como visão em túnel ou cegueira total.
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Se trata de emergência médica, qualquer suspeita de intoxicação por metanol é grave e requer atendimento imediato em hospital. O tratamento envolve antídotos (etanol ou fomepizol), correção da acidose e, muitas vezes, hemodiálise.