Saúde

Redes sociais podem agravar depressão entre meninas, aponta estudo

Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clínicos relevantes de depressão

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Pixabay
Os pesquisadores detectaram que o número de tendência a depressão é maior nas meninas devido ao assédio online, que também é maior com o público. 

Adolescentes do sexo feminino apresentam duas vezes mais chances de terem depressão ao utilizar redes sociais do que homens da mesma faixa etária. A conclusão é de um estudo realizado por uma universidade de Londres. Segundo o levantamento, 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais, ou seja, que utilizam as redes sociais por mais de cinco horas por dia, mostraram sinais de depressão mais graves.

Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clínicos relevantes de depressão. Nos meninos, o número caiu para 11%. Os pesquisadores detectaram que o número é maior nas meninas devido ao assédio online, ao sono precário e à baixa autoestima. Essas características são acentuadas pelo tempo nas mídias sociais.

Foram analisados dados de cerca de 11 mil jovens do Reino Unido. As garotas de 14 anos fazem parte do grupo de usuários mais incisivos nas redes sociais. Aproximadamente 40% delas acessam as plataformas por mais de três horas diárias. Entre os garotos, o número é 20% menor.

Entre garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem de depressão por baixa autoestima, estão insatisfeitas com sua aparência e dormem sete horas ou menos por noite. Quando os pesquisadores analisaram os processos que poderiam estar ligados ao uso de mídias sociais e depressão, eles descobriram que 40% das meninas e 25% dos meninos tinham experiência de assédio online ou cyberbullying.

Com informações do repórter, Paulo Henrique Gomes, da Agência do Rádio

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