Saúde

Leptospirose: o perigo escondido nas águas da chuva. Saiba mais!

A doença é tratável, principalmente se diagnosticada logo, mas pode evoluir, para formas mais graves, comprometendo os pulmões e os rins e causando a morte do paciente

Foto: Divulgação

Neste início de 2020, o Espírito Santo assiste estarrecido aos acontecimentos provocados pelas chuvas das últimas semanas. Casas desabando, comercio destruído, vidas perdidas. A enorme pilha de destroços vai dando lugar ao sentimento de solidariedade e força para recomeçar. Porém, em meio a tanta desordem, algo mais pode se esconder: a leptospirose.

“Locais alagados são propícios a serem contaminados pela urina dos ratos, o que em contato com a pele, pode transmitir a leptospirose, doença grave com sintomas semelhantes ao da dengue com o agravante da icterícia e que pode levar o indivíduo a morte. ”, explica do clínico geral do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI), Carlos Antônio Costa.

Segundo o médico, o ideal é fazer a profilaxia, ou seja, evitar o contato. Porém diante da situação, Dr. Carlos sugere que se proteja pés e pernas com galochas ou sacos plásticos. “A lama também esconde diversas doenças, inclusive a leptospirose então também é importante se proteger se for necessário ter contato com ela”, alerta.

Doença

A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida ao homem pela urina de roedores, principalmente por ocasião das enchentes. A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira, presente na urina de ratos e também de outros animais como boi, porco, ovelhas e etc.

A leptospirose penetra no corpo pela pele, principalmente se houver alguma ‘porta de entrada’, como um corte ou arranhão. O período de incubação da leptospirose varia de cinco a 14 dias. Os primeiros sinais da doença se assemelham a um resfriado, com febre, dores de cabeça e no corpo, especialmente na panturrilha, podendo ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).

“Se a pessoa teve contato com a água das enchentes e apresentar estes sintomas, deve procurar o posto de saúde mais próximo e relatar a situação, para que receba o tratamento adequado”, completa o médico.

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