Saúde

Micoses, herpes e acne solar estão entre as doenças de pele mais comuns no verão. Conheça outras!

Calor e a transpiração em excesso proporcionam o desenvolvimento de fungos e bactérias

Foto: Pixabay

Verão é sinônimo de calor, vida ao ar livre e muita praia e piscina. Porém, a combinação de umidade, temperaturas elevadas e concentração de muitas pessoas num mesmo lugar também propiciam o aparecimento de algumas doenças, comuns nessa época do ano.

De acordo com a dermatologista Ana Flávia Moll, as pessoas se expõem mais ao sol, a sudorese aumenta, o corpo fica úmido por muito tempo e a pele tende a ressecar. “O calor e a transpiração em excesso proporcionam o desenvolvimento de fungos e bactérias, que se reproduzem e podem provocar irritações na pele como coceiras, assaduras, alergias e micoses”, explica a especialista.

A pitiríase versicolor, mais conhecida como pano branco ou micose de praia, é uma das doenças mais comuns no verão. Mas, ao contrário do que se pensa, ela não é contraída na praia ou na piscina. O verão apenas revela aquele branquinho feio que já estava lá, mas que ninguém percebia. “É que o fungo causador impede o bronzeamento nos lugares afetados pela micose. Assim, pode ser que ele já estivesse na pele antes da temporada na praia, mas de forma não perceptível. O tratamento é feito com aplicação de cremes e xampus antimicóticos ou até por via oral quando a micose já está muito disseminada”, esclarece a médica.

A exposição excessiva ao sol também leva ao aparecimento da herpes labial, pois pessoas com histórico da doença tendem a manifestar as lesões por causa da redução da eficiência do sistema imunológico provocados pela radiação UV. Com a imunidade baixa, a doença aparece. Para evitar as crises, Ana Flávia recomenda proteção solar adequada, evitar a exposição solar exagerada, alimentação saudável e evitar o estresse.

As fitofotodermatoses são as queimaduras causadas pelo contato entre a pele e algumas frutas cítricas, como limão e laranja, somado à exposição solar. Essas queimaduras geralmente desaparecem em cerca de quatro semanas, mas podem levar meses para sumir. “A prevenção é simples: é preciso lavar muito bem com água as regiões em que as frutas encostaram”, ensina a médica.

Fezes de cães e gatos na areia da praia podem estar contaminadas com o parasita "Ancylostoma caninum", causador da doença conhecida como “bicho geográfico”. Em contato com a pele humana, a larva provoca lesões avermelhadas, que causam coceira, dor e formam um desenho na pele semelhante a um mapa. O tratamento da doença consiste na ingestão de um vermífugo receitado pelo médico.

Já a mistura da oleosidade da pele com o uso do filtro solar pode provocar a chamada acne solar. “Para evitá-la, lave o rosto com sabonete ideal para o seu tipo de pele, use tônicos mais adstringentes e procure usar filtros solares com base aquosa ou em gel, que a pele mais seca”, diz a médica.

As crianças e os bebês costumam sofrer com as brotoejas e as assaduras. As bolinhas vermelhas são provocadas pelo entupimento dos poros por onde é eliminado o suor. Como os ductos excretores das glândulas sudoríparas são muito finos nos bebês, ficam obstruídos com facilidade, causando irritação e coceira. 

O tratamento é colocar a criança em ambiente fresco e ventilado ou com ar condicionado usando roupas leves, preferivelmente de algodão. Podem ser usados para aliviar os sintomas da doença: loção com calamina ou talco líquido, encontrados em qualquer farmácia, ou ainda a maizena, já conhecida do tempo das vovós. Para evitar assadura, o ideal é trocar as fraldas com frequência. De preferência de três em três horas ou após a evacuação e fazer a higiene perfeita do bebê, utilizando cremes próprios para isso.

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