Saúde

Espírito Santo fecha o ano com quase 45 mil casos e 11 mortes por dengue

Além disso, foram registrados mais de 15 mil casos de Chikungunya e cerca de 1,6 mil registros de infecção pelo zika vírus, segundo a Secretaria Estadual de Saúde

Foto: Reprodução/Pexels

Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, os casos de dengue, Chikungunya e zika vírus no Espírito Santo, tão comuns no noticiário em outros tempos, ficaram um pouco de lado ao longo de 2020. No entanto, eles não deixaram de acontecer. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo fechou 2020 com 44.978 casos suspeitos de dengue, 15.624 de Chikungunya e 1.597 de infecção pelo zika vírus.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico do ano passado, referente às três doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Sesa. 

Segundo o boletim, 11 pessoas morreram de dengue no Espírito Santo, no período entre os dias 29 de dezembro de 2019 a 2 de janeiro de 2021, quando tiveram início e fim as semanas epidemiológicas 1 e 53, respectivamente. Já a incidência da doença foi de 1119,23 casos por 100 mil habitantes.

As semanas epidemiológicas que registraram os maiores números de casos de dengue no estado foram a 10 e a 11, entre os dias 1 e 14 de março — curiosamente, as duas semanas que antecederam o início das medidas restritivas para prevenção ao coronavírus no Espírito Santo. Nessas duas semanas, foram registrados 2.596 e 2.617, respectivamente.

Nas últimas quatro semanas, o município capixaba que teve a maior incidência de dengue foi Boa Esperança, no norte do estado, que registrou 66,5 casos por 100 mil habitantes. No entanto, o índice é considerado baixo, já que é inferior a 100 casos por 100 mil.

A Chikungunya, por sua vez, foi a responsável pela morte de três pessoas em todo o ano passado, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. A semana que registrou a maior quantidade da doença foi a que compreendeu os dias 16 a 22 de fevereiro, quando foram contabilizados 821 casos. Destaque também para o período entre o fim de março e início de maio, quando foram registrados mais de 700 casos de Chikungunya por semana.

Já o zika vírus afetou moradores de 51 municípios capixabas, do interior e da Grande Vitória, ao longo do ano passado. Nenhuma morte foi registrada. A semana em que mais casos da doença foram contabilizados foi a iniciada no dia 5 e terminada no dia 11 de abril, quando foram notificados 92 casos pelas prefeituras ao governo estadual.

Semanas epidemiológicas

Vale destacar que, em 2020, as semanas epidemiológicas — período de tempo padrão utilizado para agrupar os eventos epidemiológicos — estenderam-se até a 53, diferentemente da habitual contagem, de 52 semanas anuais. 

Segundo a Sesa, isso ocorre devido a algumas especialidades, tais como o ano vigente iniciar em uma quinta-feira ou caso seja bissexto e iniciar em uma quarta-feira — como foi o caso de 2020.

O último ano em que foram registradas 53 semanas epidemiológicas foi 2014, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

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