Saúde

Epidemia de gripe causa falta de remédios nas farmácias da Grande Vitória

Os analgésicos estão com estoques baixos, um terço do normal por causa da grande procura

Foto: Reprodução TV Vitória

O aumento dos casos de gripe não só tem lotado unidades de saúde em todo o Espírito Santo, como causado outro problema: a falta de remédios que tratam quem está com sintomas gripais.  

Aqueles que buscam os estabelecimentos parar comprar medicamentos estão tendo dificuldades para encontrá-los.

A engenheira Karoline Benichio, moradora do bairro Colina de Laranjeiras, na Serra, contou que esteve em quatro farmácias em busca dos remédios.

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Foto: Reprodução TV Vitória

"Meu esposo estava passando muito mal de gripe. Procuramos quatro farmácias em nossa região em busca dos medicamentos que foram receitados e não encontramos. Tivemos que fazer uma troca para ele conseguir ter uma melhora".

Um levantamento realizado pelo Folha Vitória mostrou falta de xarope contra a tosse em farmácias de Vitória e de Vila Vila Velha. Já nos municípios de Cariacica e Serra, o estoque já está no fim.

Os analgésicos dipirona e paracetamol também estão com estoques baixos, um terço do normal por causa da grande procura. Só o ibuprofeno, que também age contra dor e febre, está com estoque normal. 

REMÉDIOS EM FALTA OU COM POUCAS UNIDADES NA GRANDE VITÓRIA 

Pastilhas para garganta 
Antialérgicos
Antibióticos
Xaropes para tosse
Vitamina C
Soluções fisiológicas
Analgésicos dipirona
Paracetamol 

Farmácias com dificuldades de comprar medicamentos 

As farmácias do Estado também estão com dificuldade na hora de comprar esses medicamentos nas indústrias farmacêuticas.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Leandro Passos, são duas as causas que dificultam a compra: a redução na oferta de remédios, que é normal nessa época do ano, e também os aumentos nos casos de gripe, o que é normal somente no inverno.

Foto: Reprodução TV Vitória

"Nós ainda estamos no verão e, no geral, esse tipo de doença e sintomas acomete a população no período de inverno. O mercado não estava com seu estoque abastecido para atender a essa demanda", explica.

Tomar remédio por conta própria, mesmo que seja em situações que parecem simples, não é recomendado. 

Segundo a pneumologista Jessica Polese, na maioria dos casos não é necessário medicamento para tratar a gripe.

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"A maioria das pessoas, após 48 horas com influenza, já vão estar bem melhor. A grande maioria não precisa de nada, são apenas assintomáticos. Se estiver mal e não houver melhora, aí deve buscar um atendimento médico, mas vale lembrar que temos circulação de vários vírus nesse momento para não trazer mais problemas para si mesmo ou para o próximo".

Pessoas com sintomas gripais leves devem procurar unidades de saúde, orientou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, quando falou sobre a epidemia de gripe no Estado. 

Os PAs, que vem enfrentando um aumento no número de atendimentos desde o último mês, devem ser reservados para o atendimento de casos graves.

Nésio também reforçou que, aqueles que ainda não se vacinaram, devem buscar os pontos de vacinação para se imunizar tanto contra a covid-19 quanto para a Influenza.

"Meu apelo é que todos procurem a vacinação. Quem não iniciou ainda o esquema vacinal, procure imediatamente. Aqueles que ainda não completaram seu esquema vacinal, procure completar o mais rápido possível. A vacina contra a Influenza também está disponível e protege contra outros vírus que podem estar em circulação na transmissão comunitária", afirmou.

*Com informações do repórter Laércio Campos, da TV Vitória/Record TV

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