Saúde

Aproximadamente 15% da população sofre com zumbido no ouvido

Nos idosos o número chega a 30% e totaliza 278 milhões de pessoas com o problema no mundo

Foto: Divulgação

Você já teve a sensação de ruído ou de barulho na cabeça ou nos ouvidos sem uma fonte de som externa que o tenha produzido? Se isso acontece com você ou com algum conhecido seu, o melhor a fazer é procurar por ajuda médica.

Atualmente cerca de 28 milhões de brasileiros sofrem de zumbido, uma condição conhecida também pelo nome em inglês, "tinnitus". No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são 278 milhões de pessoas com o problema. Segundo dados norte-americano o zumbido afeta cerca de 15% da população. Nos idosos, este número chega a 30%.

Existem mais de 200 causas possíveis descritas para o aparecimento do zumbido e elas tanto podem estar dentro do ouvido, que são as comuns, - como a rolha de cera, a perda auditiva, a infecção da orelha - ou fora, afetando-o de modo secundário, como a hipertensão, a diabetes, o colesterol alto e outros.

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Guilhermina Gomes.- fonoaudióloga. 

“Qualquer grau de perda auditiva pode causar zumbido, assim como lesões em qualquer local da orelha externa, média e interna. Doenças externas também podem afetar o ouvido secundariamente. Por isso, preservar a audição, evitando a exposição prolongada a sons intensos, é o primeiro passo para evitar o aparecimento do zumbido”, explica a fonoaudióloga Guilhermina Gomes.

Na grande maioria das vezes, o tinnitus é causado pela perda de audição, mesmo graus bem leves. “É importante saber que o zumbido não é uma doença e, sim, um sintoma e que tem diversas possíveis causas, sendo muitas delas tratáveis. É fundamental que as pessoas procurem regularmente o otorrino e façam o exame de audiometria. Assim é mantida a saúde auditiva", lembrou a especialista.

Tipo de Zumbido

É muito difícil saber como é exatamente o ruído do zumbido. Pode se apresentar num tom único (mais agudo ou ainda mais grave) e, em poucos pacientes, em mais de um tom (“chiado” e “cigarra”, por exemplo).

“Ele pode ser um apito, chiado, ter o som semelhante ao canto da cigarra ou panela de pressão, entre outros. Pode ser único ou múltiplo; constante ou intermitente; pulsáteis - pulsam de acordo com a batida do coração – ou tipo click", disse Guilhermina.

Apesar de sua alta prevalência, não existem, no Brasil e estudos epidemiológicos realizados na população em geral para determinar a frequência do zumbido em nossa comunidade, mas a expectativa é que a prevalência de zumbido aumente no futuro, não apenas entre adultos e idosos, mas também entre adolescentes e crianças, pela maior exposição ao ruído em ambientes de ensino, lazer e, em especial, pelo uso abusivo de dispositivos musicais de escuta individual.

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