Saúde

Saúde mental da mulher em tratamento oncológico

Depressão em mulheres com câncer cresceu de 7% para 25%

Foto: Divulgação
É importantíssimo que as pessoas com câncer tenham uma perspectiva positiva sobre sua condição.

Segundo informações da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), os índices de depressão em mulheres com diagnóstico de câncer de mama saltaram de 7% para 25%. Para a psicóloga Silvana Aquino, é muito importante fortalecer a saúde mental de quem passa pelo enfrentamento do câncer e estar sempre em alerta para os índices de depressão. 

“Em cada etapa, desde a confirmação do diagnóstico até a realização dos procedimentos necessários para tratar o câncer de mama, as pacientes podem enfrentar não apenas os efeitos colaterais no organismo em decorrência do tratamento, mas também desequilíbrios no âmbito emocional, a exemplo da depressão, que é uma doença que merece atenção e cuidados específicos”, informa.

Para a especialista, deve-se destacar a figura da paciente muito além do momento que ela vive no enfrentamento do câncer, ou seja, a real importância do papel e da força que essa mulher exerce na sociedade. “Não é incomum ouvir, no consultório, nas sessões de psicoterapia, relatos de preocupação com a perda - ainda que momentânea - de diversos papéis que as mulheres exercem no momento do tratamento. A ajuda da psico-oncologia dá o devido suporte a muitas questões que causam fragilidade e angústia em mulheres que, desde que nasceram, foram ensinadas a cuidar e, no momento, estão sendo cuidadas”, pondera.

Outras práticas ajudam o paciente oncológico uma vez que o corpo e mente estão interligados, quem explica é a psicóloga Lilian Nobre. "É importantíssimo que as pessoas com câncer tenham uma perspectiva positiva sobre sua condição. Se manter ativo e ter uma vida social saudável, pode trazer benefícios para lidar com a doença, o estresse e a fadiga, que são comuns durante o tratamento".

Aliada no tratamento

Assim como para a população em geral, é essencial que a prática do exercício físico seja prazerosa para os pacientes. "É importante que estejam em um ambiente em que se sintam apoiados e tenham um convívio social. Por isso, atividades como a dança pode ser uma alternativa pois, além dos benefícios físicos no manejo dos sintomas, também é uma aula que promove suporte psicossocial. 


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