Saúde

Chikungunya: ES registra 2 mortes pela doença; veja sintomas e diferenças da dengue

Segundo a secretaria de estado da Saúde, 9.929 casos de Chikungunya foram notificados até o último dia (13). Duas mortes foram confirmadas no município de Cariacica

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Pixabay/nuzee

Dengue e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo vetor: o mosquito Aedes aegypti. Febre, mal-estar, dor de cabeça e dor nas articulações estão entre os principais sinais das duas doenças. Porém, apesar de apresentarem sintomas muito parecidos, é preciso ficar atento. Algumas características podem ajudar a diferenciá-las.

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O fato é que conforme os casos de dengue avançam não só no país, mas também no Espírito Santo, aumentam os casos de chikungunya.

Entre a semana epidemiológica 01 (31/12/2023 a 06/01/2024) e a semana epidemiológica 15 (07/04/2024 a 13/04/2024) foram registrados 9.929 casos da doença no estado. Nesse mesmo período, 2 mortes foram confirmadas no município de Cariacica.

Os casos já superam os registrados na semana epidemiológica 15 de 2023 quando foram notificados 725 casos da doença: (SE - 15 09/04/2023 - 15/04/2023). Esse ano, na mesma semana epidemiológica, foram 1.070. (SE - 15 07/04/2024 – 13/04/2024).

Os dados constam no último Boletim Epidemiológico divulgado pela secretaria de Estado da Saúde (Sesa-ES). Então, qual a gravidade da doença? Como saber se estou com dengue ou chikungunya? Quais os sintomas? 

“As duas doenças apresentam basicamente os mesmos sinais de alerta: tonteira, diminuição do volume urinário, confusão mental, sonolência excessiva, sangramentos. Além disso, dores articulares intensas e febre alta. Para diferenciar uma doença da outra com certeza, somente com exames específicos, como sorologia ou PCR”, explica a médica Martina Zanotti, infectologista do Vitória Apart Hospital.

Sequelas da Chikungunya

Ainda segundo a infectologista, a dengue é uma doença mais grave do que a chikungunya. No entanto, essa última tem maior tempo de enfermidade e pode deixar sequelas significativas. O período de tratamento também é mais longo.

“A dengue tem maior gravidade. O maior risco da chikungunya são as dores articulares, que podem persistir por muito tempo, limitando as atividades diárias da pessoa. O tratamento pode durar mais de seis meses. A pessoa pode ter artrites (dor e inchaço nas juntas) como sequela”, explica Martina.

Outro ponto importante, e deve ser lembrado, é que diferentemente da dengue, não existe vacina para chikungunya. “Ainda não temos vacina, é fundamental evitar a proliferação do mosquito. Procurar atendimento médico na presença dos sintomas da doença, fazer repouso e aumentar a ingesta de água”, finaliza. 

Dengue e chikungunya: saiba os sintomas

Apesar de terem alguns sintomas muito parecidos, algumas características podem ajudar a diferenciar as doenças.

* Dengue: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, manchas e erupções na pele (principalmente na região do tórax e membros superiores), náuseas e vômitos, tontura, moleza e extremo cansaço, dor no corpo, dor nos ossos e nas articulações, e dor no abdome;

* Chikungunya: ficar alerta no caso de dor incapacitante nas articulações, febre, dor nas costas, erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dores musculares (mialgias) e inchaço articular bilateral.

A recomendação é para que diante de qualquer sintoma, o paciente busque orientação médica. Ingerir bastante água e repousar é fundamental caso sejam confirmadas as doenças.

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