Saúde

Entenda por que a picada de escorpião pode ser fatal

Uma menina de 6 anos morreu dez horas após ser picada pelo aracnídeo. Especialistas comentam que quanto menor a criança, mais graves são os efeitos do veneno.

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Os escorpiões que habitam o meio urbano se alimentam principalmente de baratas, portanto são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo.

No último domingo, 16 de junho, uma menina de seis anos morreu após ser picada por um escorpião. Segundo os pais de Stefanne Rayane Muniz Santana (vítima), ela brincava no quintal de casa quando pisou no bicho e sofreu a picada. Eles a ouviram chorar e a mãe, Fernanda Santana, foi verificar o ocorrido e constatou a presença do escorpião. 

A menina, que fez aniversário no domingo, estava sendo observada no Hospital Estadual de Porto Primavera, em São Paulo e, após cerca de dez horas de internação e tratamento, o quadro da criança se agravou e ela não resistiu.

No caso de Stefanne, o que causou a morte foi um choque cardiogênico e edema agudo de pulmão pelo efeito tóxico do veneno. Os especialistas alertam que quanto menor a criança, os efeitos tendem a ser mais graves, por causa da relação de seu peso com o veneno inoculado. 

Quanto mais rápido uma pessoa for tratada com soro antiescorpiônico após uma picada, maior serão as chances de sobrevida. 

Sintomas

A picada de escorpião pode causar vermelhidão, inchaço e dor no local da picada. Quando é grave causa enjoo, vômitos, dor de cabeça, espasmos musculares e queda da pressão, neste caso, há maior risco de morte.

O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Estes produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes.

Este ano, até o final de fevereiro, tinham sido registrados 4.025 casos de acidentes com escorpiões, com duas mortes. Uma delas vitimou a menina Ana Sofia da Silva Santos, de 4 anos, em Tupã, no interior paulista. Ela sofreu uma picada no polegar direito. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que 2018 teve o maior número de acidentes em 30 anos.

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