Reajuste de 9,63% nos planos de saúde vai impactar 130 mil no ES
Índice foi divulgado nesta segunda (12) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ficou acima da inflação que foi de 4%
Kareen Ventorim é professora de natação e paga plano de saúde por conta própria, para ela e os dois filhos. Um custo de R$ 700 por mês no orçamento, e que, às vezes, fica até mais caro. E a conta vai aumentar ainda mais.
Nesta segunda-feira (12), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou reajuste de até 9,63% nos planos de saúde individual e familiar. Valor acima da inflação do período que foi de 4%.
O reajuste vale para contratos feitos a partir de janeiro de 1999, e será aplicado na data de aniversário da assinatura do contrato. Vai afetar quase 9 milhões de pessoas em todo o país, cerca de 18% do total de usuários dos planos de saúde. No Espírito Santo, serão impactados 130 mil clientes de planos.
No caso da professora Kareen, ela vai pagar R$ 63 a mais por mês.
"Eu pago mais de R$ 700 fora a coparticipação. Então, é um custo a mais no orçamento. E dependendo do exame que for fazer, você precisa pagar a mais, pois alguns procedimentos têm custo adicional. Pesa bastante no orçamento", reclama.
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O reajuste é menor do que o do ano passado, que foi de 15%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde, a Abramge, afirma que houve um aumento de custos das empresas e, atualmente, 70% dos planos individuais dão prejuízo.
"O fato é que, hoje, de todas as operadoras que ofertam planos individuais e familiares no mercado, em 70% delas a conta não fecha. As receitas e as mensalidades são inferiores em relação às despesas assistenciais, tributárias e administrativas", compara o superintendente da Abramge, Marcos Novais.
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Os planos individuais e familiares tiveram reajustes de 8% em 2021 e de 15% ano passado. Vale lembrar que o percentual de 9,63% é o teto, ou seja, o valor máximo que a operadora pode praticar.
A especialista em finanças, Flávia Rapozo, orienta os consumidores a tentar negociar reajustes menores.
"Cabe às pessoas procurarem seus direitos e verificarem junto à operadora para conseguir um reajuste menor do que este que foi pautado pela ANS. Nada impede que isto aconteça. E as pessoas podem também migrar de um plano para outro", recomenda.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória / Record TV