Saúde

Uso de entorpecentes pode interferir na fertilidade do homem e mulher

OMS alerta que cerca de 271 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos usam algum tipo de droga ilícita e alerta sobre os riscos á saúde

Foto: Divulgação

Criado para conscientizar a população sobre os malefícios do uso de entorpecentes, desde 1987, o dia 26 de junho é a data escolhida pela ONU como o Dia Internacional de Combate às Drogas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 271 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, usaram regularmente algum tipo de droga ilícita, o equivalente a 5,5% da população mundial. 

Responsáveis por causar diversos males à saúde, os entorpecentes são tratados como um problema de saúde pública e podem também interferir diretamente na possibilidade de gerar uma vida. "Dentre as inúmeras consequências geradas por essas substâncias, a infertilidade merece destaque", comenta Dr. Renato de Oliveira, do Grupo Criogênesis.

O médico explica que, até mesmo, drogas lícitas, como o álcool e cigarro, podem interferir na fertilidade. Nos homens, podem diminuir a libido, a qualidade e quantidade de espermatozoides, além de causar impotência sexual. Já nas mulheres, há um possível impacto no ciclo menstrual, deixando-o irregular e, consequentemente, interferindo na ovulação.

Apesar de considerada como a substância ilícita de menor periculosidade à saúde, a maconha ( Cannabis Sativa) também aparece como uma uma grande vilã. "O uso da maconha pode afetar o sistema reprodutivo masculino, reduzindo a concentração e motilidade dos espermatozoides, além de interferir na integridade do DNA espermático. Outro fator importante, é o possível efeito na qualidade dos óvulos", comenta o especialista.

No caso de drogas mais severas, como cocaína, ecstasy, heroína e crack, os impactos são ainda mais graves, podendo acarretar consequências irreversíveis. Entre os resultados estão: redução de óvulos, disfunção hormonal, interferência na função natural do órgão sexual e infertilidade total.

"Em casos de dependência química é fundamental procurar ajuda médica e psicológica. Lidar com esses quadros é delicado e demanda muito suporte técnico e familiar, buscando um tratamento multidisciplinar mais direcionado, eficaz e respeitoso", finaliza o médico.

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