Saúde

Crise hipertensiva: estresse é um dos maiores causadores do problema

Hipertensão é uma doença crônica e afeta aproximadamente 20% da população adulta

Foto: Divulgação
Hipertensão é a doença do aparelho circulatório que está entre as que mais resultaram em internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde. 

Estresse, ansiedade, preocupação, insônia e indisposição gástrica estão entre os problemas que podem levar a uma crise hipertensiva. O problema se caracteriza por um aumento repentino da pressão arterial. Apesar de ter mais probabilidade de ocorrer com pessoas que sofrem de hipertensão, a crise também afeta quem não tem histórico de pressão arterial alta.

Segundo o cardiologista Rodolpho Jacques de Melo Farinazzo, a crise hipertensiva ocorre, na maioria das vezes, sem apresentar sintomas. “É um pico de pressão geralmente assintomático, decorrente de algum outro problema como noite mal dormida, preocupação, abuso de alimentos salgados, entre outros, e é mais provável de ocorrer em pessoas hipertensivas”, explica.

Por isso, o médico, ressalta a importância de as pessoas que sofrem de hipertensão fazerem o controle necessário. Esta doença é crônica e afeta aproximadamente 20% da população adulta, sendo que sua incidência é mais frequente entre os 30 e os 55 anos de idade.

Números locais

Dados do Ministério da Saúde apontam que a hipertensão é a doença do aparelho circulatório que está entre as que mais resultaram em internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) do Espírito Santo. Em 2008, foi a causa da morte de 961 pessoas no Estado, perdendo apenas para problemas cardíacos crônicos.

“Os hipertensos e as pessoas com propensão a pressão alta devem prevenir a crise hipertensiva, controlando a pressão. Para isso, podem ser utilizados medicamentos, mas não deixar de lado os hábitos saudáveis, com alimentação balanceada, qualidade de sono e prática de exercícios físicos”, recomenda Rodolpho Farinazzo.

De acordo com o cardiologista, os fatores de risco para a hipertensão são a idade, obesidade, histórico familiar, sedentarismo, tabagismo, ingestão elevada de sal, baixo consumo de potássio, estresse e alcoolismo.

“Não há cura para a doença, apenas controle. A crise hipertensiva geralmente não acarreta em nenhuma consequência grave. Já a hipertensão não controlada pode trazer sérias consequências, como envelhecimento precoce dos vasos sanguíenos, Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, aneurisma de aorta e lesão de outros órgãos. E todos estes problemas podem levar à morte”, alerta o médico.

O que é hipertensão arterial?

A crise hipertensiva constitui situação clínica na qual ocorre brusca elevação dos níveis da pressão, acompanhada de sinais e sintomas, tais como dor de cabeça, que geralmente vem acompanhada de situações de estresse.

Sinais e sintomas

A maioria dos hipertensos não apresenta sintomas, mas algumas pessoas sentem dores de cabeça, tontura e zumbido no ouvido.

Causas

Em mais de 90% das vezes a causa do aumento da pressão arterial é desconhecida, mas existe uma associação entre estilo de vida e herança familiar. Em 10% dos casos, a hipertensão decorre de outras condições como alterações renais, endocrinológicas ou cardíacas. Há ainda o aumento da pressão, causado por uso crônico de algumas medicações como cortisona e anti-inflamatórios.

Fatores de risco

Idade, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, tabagismo, ingestão elevada de sal, baixo consumo de potássio, estresse e alcoolismo.

Quando procurar um auxílio médico

Se não há sinais da doença, recomenda-se aferição da pressão arterial a cada dois anos. No caso de pressão elevada, intervalos menores devem ser respeitados.

Crises hipertensivas

Ocorre quando a pressão arterial sobe rapidamente. Normalmente, esta situação está associada a sintomas como dores de cabeça, dor no peito, alterações visuais e derrame.

Tratamento

Quem sofre de hipertensão tem que fazer controle por toda a vida, com ajuda de medicamentos, e ter hábitos saudáveis: emagrecer se estiver com excesso de peso ou obesidade; limitar o consumo de bebidas alcoólicas; praticar exercícios aeróbios e recreativos; evitar medicamentos que elevam a pressão; utilizar técnicas de relaxamento e controlar os fatores de risco.