Saúde

Primeiro caso importado de sarampo no Espírito Santo é confirmado

Uma moradora de Cariacica apresentou sinais da doença ao voltar de uma viagem para São Paulo

Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta segunda-feira (12) o primeiro caso de sarampo no Espírito Santo. Exames comprovaram que uma moradora de Cariacica, que esteve em São Paulo no mês de julho, adoeceu no retorno ao estado. São Paulo tem mais de 900 casos confirmados da doença e vários municípios considerados área de risco.

A jovem, que tem 19 anos, ficou em isolamento domiciliar e os procedimentos de bloqueio vacinal seletivo nas pessoas que tiveram contato com ela foram realizados, além da varredura em cinco quadras no entorno do seu domicílio. A jovem está curada e passa bem.

Outros casos

Segundo informações do Governo do Estado, no Espírito Santo, 63 casos foram descartados dos 66 notificados como suspeitos de sarampo até segunda-feira (12). Outros dois casos permanecem em investigação e um foi confirmado. A Sesa ainda acompanha os outros dois casos de pessoas com suspeita de sarampo. 

"Pedimos para que todos os profissionais de saúde fiquem atentos aos sinais e sintomas do sarampo que são febre, manchas avermelhadas no corpo (exantema) acompanhados de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite e notifiquem à Vigilância Epidemiológica municipal para que possa desencadear as medidas necessárias de controle. Como o contágio ocorre pelo ar, qualquer contato com uma pessoa doente apresenta um alto risco de transmissão”, esclareceu a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo.

Entenda!

A única prevenção contra a doença acontece pela vacinação. A primeira dose é aplicada aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A segunda dose é aplicada aos 15 meses na vacina tetra viral, que previne sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Quem tem 1 ano até 29 anos deve ter comprovadamente duas doses da vacina tríplice viral. Para a população entre 30 e 49 anos, uma dose da vacina tríplice viral. Os trabalhadores da saúde, grupo de alto risco, devem ter duas doses da vacina tríplice viral, independente da faixa etária.

Por conta do cenário de risco epidemiológico, a orientação é que crianças de seis meses a menores de um ano de idade que residem ou vão se deslocar para municípios que apresentem surto de sarampo devem ser vacinadas contra a doença. No Espírito Santo, crianças que estão nesta faixa de idade e residem ou forem deslocadas para Cariacica, devem ser vacinadas.

Essa dose será considerada extra e a criança deverá receber mais duas doses, uma aos 12 meses e outra com 15 meses de idade, conforme calendário nacional de vacinação da criança.

A lista dos municípios em situação de surto do sarampo pode ser consultada no site do Ministério da Saúde (onde está sendo atualizada semanalmente, com a entrada e/ou saída dos municípios, de acordo com a situação epidemiológica).

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida de pessoa para pessoa por tosse, espirros, fala ou respiração e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de 1 ano de idade e desnutridas, podendo levar à óbito.

Os sinais e sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento.

Clique aqui para acessar o Calendário Nacional de Vacinação. 

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