Saúde

Entenda como o medo criado pela pandemia pode causar fobias

Ocorrência de transtornos psicológicos aumentou diante dos medos e incertezas ocasionados pela Covid

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Biointegral Saúde

O medo é um estado emocional que surge em resposta a situações de eventual perigo. Esse sentimento, que é natural do ser humano, também dá sinais importantes sobre a saúde mental e a necessidade de autocuidados. Quando o medo se transforma em uma anulação individual diante da sociedade, o diagnóstico muda. 

Durante a pandemia da Covid, as fobias aumentaram e as atividades que antes eram comuns de serem realizadas, passaram a ser um desafio pessoal para muitos.

“Além dos sintomas físicos e psicológicos que o medo provoca, o indivíduo começa a evitar situações relacionadas à fobia, o que faz com que ele se sinta limitado”, alerta o psicólogo Vinicius Grassi. 

Entenda o que é a fobia

O especialista reforça que a fobia é caracterizada por um medo excessivo vivenciado perante alguma situação. Esse medo não necessariamente representa um perigo real, no entanto o fóbico sente como se fosse, e passa a ter sintomas a partir da ansiedade aumentada provocada por aquele evento. 

Neste caso, o medo é diferente do que as pessoas vivenciam habitualmente. Os pacientes experimentam um temor que é incontrolável, desencadeado pela ansiedade. Esse cenário dificulta o autocontrole, gerando prejuízo ao bem-estar e à qualidade de vida.

Quando o indivíduo tem o diagnóstico de fobia, seja ela qual for, é indicado que ele seja acompanhado por uma equipe interdisciplinar, com psicólogo e psiquiatra. 

Veja alguns dos indícios de que é necessário o auxílio médico: 

- não conseguir realizar atividades rotineiras; 

- formigamento nos membros;

- ansiedade;

- tensão;

- medo extremo.

Conheça algumas estratégias para criar "válvulas de escape"

O professor Willian de Oliveira, de 59 anos, conta que, em meio às crises de ansiedade geradas pela pandemia, que o impediam de ir a lugares corriqueiros, a autorreflexão fez com que ele descobrisse válvulas de escape. 

“Desenvolvi o lado musical durante esse período, o que fez com que não emergissem pensamentos ruins. Superei a dificuldade com o poder da música”. A culinária foi outra rota de fuga para ajudar a mente a dissolver as preocupações que cercavam seus pensamentos.

Quando uma pessoa se envolve em atividades prazerosas o sistema nervoso aumenta a produção de hormônios e neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar. É uma sensação parecida com a que se sente depois de fazer uma caminhada ou corrida, por exemplo. 

De acordo com o especialista, são várias as possibilidades de prazer geradas pelos hormônios mais conhecidos como o quarteto da felicidade: endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina. 

Veja como estimular a liberação desses hormônios:

- Manter uma alimentação saudável;

- Praticar atividade física com regularidade;

- Ter momentos de prazer em família e amigos;

- Dormir bem;

- Meditar.

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