Saúde

Casos de caxumba crescem em todo o país; ES vacina contra a doença

Prevenção da caxumba é feita por meio da vacina tríplice viral, que está disponível nos postos de saúde da Grande Vitória

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
No Espírito Santo, não há nenhum caso da doença registrado neste ano. 

O número de casos de caxumba tem crescido em todo o país, a região sudeste concentra o maior índice, como exemplo, o Rio de Janeiro, onde os casos de caxumba cresceram 130% de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 948 casos.

O médico Alexandre Chieppe, explicou para a Agência Brasil, que “possivelmente, os fatores que estão por trás desse aumento de casos são os mesmos relacionados ao reaparecimento do sarampo”. Segundo Chieppe, parte importante da população fluminense não tem o esquema vacinal completo contra sarampo, “até por conta da improdução da segunda dose da vacina tríplice, que aconteceu só em 2002”. 

Para Chieppe, essa suscetibilidade de parte da população explica o aumento do número de casos de caxumba, quando comparado a anos anteriores, e também é responsável pelo reaparecimento do sarampo, no RJ. 

No Espírito Santo, não há nenhum caso da doença registrado neste ano (causada pelo vírus Paramyxovirus), mas diante do aumento em outras regiões, observados principalmente em adultos, o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT/SVS/MS) atualizou a página sobre a doença, esclarecendo os principais pontos sobre o assunto.

Vacinação 

A vacinação é a única maneira de evitar o contágio e está disponível em todos os postos de saúde do Espírito Santo. Mesmo o adulto que não se vacinou quando criança, deve se vacinar (a indicação é até 49 anos) para evitar contrair o vírus e propagá-lo. Nesse grupo, a caxumba apresenta complicações, como a infecção nos testículos e ovários. Porém, a caxumba apresenta sintomas geralmente benignos e não é considerada uma doença grave. Na rotina dos serviços de saúde pública, a vacinação contra a caxumba é ofertada para a população a partir de 12 meses.

O mais indicado para quem contrair o vírus é ficar de repouso e isolamento (apenas não sair de casa é suficiente) para evitar a propagação, uma vez que ela é de fácil contágio. O atendimento é ambulatorial e o tratamento é feito no domicílio. A hospitalização dos pacientes só é indicada para os casos que apresentem complicações graves, como meningites e encefalites.”

Vacinação de Rotina

“Na rotina dos serviços de saúde pública, a vacinação contra a caxumba é ofertada para a população a partir de 12 meses, sendo que para indivíduos até 19 anos de idade, deve ser realizada com duas doses das vacinas tríplice viral e ou tetra viral, conforme descrito a seguir:

• Aos 12 meses de idade: administrar uma dose da vacina tríplice viral.

• Aos 15 meses de idade: administrar uma dose da vacina tetra viral. Esta vacina pode ser administrada até os 23 meses e 29 dias de idade. Após esta faixa etária, completar o esquema com a vacina tríplice viral.

Indivíduos de 20 a 49 anos de idade não vacinados anteriormente devem ser vacinados com uma dose da vacina tríplice viral. Contudo, na rotina dos serviços de saúde, quando não houver ocorrência de surto de caxumba, caso estes indivíduos comprovem o recebimento anterior de uma dose da vacina dupla (sarampo e rubéola), tríplice (sarampo, rubéola e caxumba), ou tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela), não está recomendada nova dose de vacina. 

* Com informações da Agência Brasil 

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