Saúde

Postos da Grande Vitória continuarão sem vacina pentavalente

Normalização do fornecimento da vacina que estava prevista para outubro não irá acontecer

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / Pexel
O recolhimento e substituição das vacinas foi solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde. 

A falta da vacina pentavalente afeta a rede pública de saúde na Grande Vitória, porque de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), o Estado tem recebido cotas reduzidas por parte do Ministério da Saúde. A situação tende a piorar, porque o fornecimento, com expectativa de normalização do recebimento das doses previsto para outubro, não ocorrerá em consequência da reprovação do produto, que era importado da Índia. 

Por isso, a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B, será interrompida nos postos públicos de saúde até novembro. 

Segundo a coordenação do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do ES, a cota mensal para o Espírito Santo, é de 16.590 mil doses, e o último envio feito pelo Ministério da Saúde foi em julho, com lote de 7.810 mil doses. De acordo com a Sesa, até o mês de maio, a cobertura vacinal da pentavalente no Espírito Santo era de 84,71%. A meta do Ministério da Saúde é de 95%.

A coordenação garante que assim que chegarem as doses, serão imediatamente distribuídas aos municípios. A vacina pentavalente deve ser administrada em três doses: a primeira aos dois meses de idade, a segunda aos quatro e a terceira aos seis.

Juntas, as doses previnem contra cinco tipos de doenças: a difteria, que afeta amígdalas, faringe, laringe, nariz e pele; o tétano, infecção bacteriana perigosa que ataca os nervos; a coqueluche, que se caracteriza por uma forte tosse seca e compromete o aparelho respiratório, prejudicando brônquios e pulmão; a hepatite B, onde ocorre a inflamação do fígado; e infecções causadas pela bactéria haemóphilus influenzae tipo B, responsável por quadros de pneumonia, inflamação na epiglote, otites, infecções na corrente sanguínea e a meningite.

Resposta 

Segundo o Ministério da Saúde, 3,2 milhões de doses da pentavalente, produzidas pela empresa indiana Biological, foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, porque o laboratório teria descumprido requisitos de qualidade.

O recolhimento e substituição das vacinas foi solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde. A previsão é que tudo se normalize até novembro. Serão usadas 9 milhões de doses adquiridas este ano, que estão em processo de chegada.

Situação no ES

A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória informa que as vacinas pentavalentes são fornecidas pela Sesa, que por sua vez, as recebe do Ministério da Saúde. Já a Prefeitura de Vila Velha informou que não tem doses dessa vacina. Na Serra, a prefeitura aguarda um novo estoque de vacina. No município de Viana, a informação é de quem também não há doses nas Unidades de Saúde do município e que aguarda a reposição.

Em Colatina, a prefeitura informou que o estoque está zerado devido desabastecimento a nível nacional. A Secretaria Municipal de Saúde de Linhares disse que está em falta da vacina pentavalente e explica que recebeu um comunicado do Programa Nacional de Imunização – PNI, por meio da Regional de Saúde sobre o desabastecimento da vacina.


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