Saúde

Respeito e autoestima fazem idoso viver mais

Estudo comprova que idosos com visões mais positivas sobre o envelhecimento, viveram sete anos e meio a mais do que aqueles com visões negativas

Autoestima elevada melhora a qualidade de vida e as relações afetivas na terceira idade. 

Cerca de 8,3% da população mundial é idosa e estima-se que até 2050 esse número chegue à 15,8%, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Seguindo essa tendência, a cada seis pessoas no mundo uma terá mais de 65 anos e quase meio bilhão terá mais de 80 anos, daqui a três décadas.

Mas viver mais, com saúde, vitalidade e qualidade de vida, é uma equação que depende de muitos fatores, inclusive da autoestima, respeito e reconhecimento, segundo constatação embasada em pesquisas e na análise de populações idosas em vários países do mundo. A explicação não é subjetiva: os estudos mostram que os níveis de estresse do idoso que se sente “inútil”, “desvalorizado” e “desrespeitado” são maiores. E o estresse é um dos principais desencadeadores de problemas de saúde, que podem levar a morte.

Pesquisa

Estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriu que os americanos com visões mais positivas sobre o envelhecimento, que foram acompanhados ao longo de décadas, viveram sete anos e meio a mais do que aqueles com visões negativas.

As pesquisas também indicam que quem tem autoestima melhor é menos propenso a sofrer de depressão, ansiedade, demência e características do Mal de Alzheimer, além de recuperarem mais rapidamente de doenças.

Autoestima

A geriatra, Lívia Terezinha Devens conta:  “Os que lidam melhor com o envelhecimento também são mais propensos a seguir uma dieta equilibrada, se sentem mais dispostos a fazer atividade física e ir ao médico regularmente e de forma preventiva”. 

Segundo ela, as pesquisas realizadas com idosos levam em conta a expectativa de vida, desenvolvimento, qualidade de vida e diferenças culturais em diversos países para concluir que respeito e autoestima podem sim fazer a diferença no número e na qualidade de anos vividos. “Essa constatação serve também para o ambiente familiar, comunidades, igrejas, enfim para a sociedade como um todo”, pontua.

“As pessoas que encaram a velhice como simplesmente mais uma fase da vida humana, com perdas e ganhos, como em qualquer outra também são mais propensas a seguir recomendações sobre um bom estilo de vida”, lembra.

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