Câncer de testículo é mais comum entre jovens
A idade média dos homens acometidos pela doenças é de 33 anos
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que o câncer de testículo é o mais comum entre homens mais jovens, de 15 a 40 anos. O problema corresponde a 5% do total de casos de câncer masculino no Brasil.
O rádio-oncologista Carlos Rebello, explica que esse é um tipo raro de câncer, mas que a maior incidência de casos entre pessoas mais novas, em idade reprodutiva, preocupa. "Nessa etapa da vida, há risco de a doença ser confundida com orquiepididimites, que, normalmente, são transmitidas sexualmente. Ou seja, o diagnóstico correto pode demorar, o que compromete a eficácia do tratamento", diz o médico.
A idade média, em geral, no momento do diagnóstico do câncer de testículo, é 33 anos. "Há casos também em crianças e adolescentes e em homens acima de 55 anos, mas o mais frequente é que aconteça na idade reprodutiva", destaca Rebello.
Tratamento
O rádio-oncologista afirma ainda que, quando detectado precocemente, o risco de morte é baixo, um caso a cada 5 mil pessoas. "O tratamento, geralmente, tem sucesso, mas é essencial que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, para evitar metástases", pontua o especialista.
Uma das principais características do câncer de testículo é seu crescimento rápido, daí a necessidade de procurar logo um médico assim que detectar algum sintoma.
O primeiro sinal, geralmente, é o surgimento de um nódulo indolor, duro e que cresce com rapidez. "É um tumor que se assemelha a outros problemas que causam dor no testículo, como hidrocele, varicocele, orquite, cistos, entre outros. Por isso, é muito importante uma análise criteriosa", assinala Carlos Rebello.
Um sintoma mais incomum é a ginecomastia, já que alguns tipos de tumores podem levar à secreção de níveis elevados do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG), que estimula o crescimento das mamas.
Fatores de risco
Entre as causas do câncer testicular, estão histórico familiar da doença, síndrome de Klinefelter, criptorquidia e o carcinoma in situ testicular. O tratamento poderá ser multidisciplinar. "Mas a cirurgia costuma ser a primeira etapa e pode até levar à cura", conclui Rebello.
