Saúde

Confira 5 dicas para aumentar o repertório alimentar das crianças

Especialistas apontam que a recusa alimentar pode se tornar Transtorno Alimentar Evitativo (Tare), que afeta o desenvolvimento da criança

Foto: Divulgação

A fome é um sentido instintivo, natural do ser humano. Já o comportamento alimentar, é ensinado ao longo da vida, além disso, é influenciado por diversos fatores sociais. O consumo excessivo de comidas industrializadas pode influenciar nesse comportamento. 

Uma pesquisa divulgada pelo Hospital de Michigan, nos Estados Unidos, realizada com crianças a partir dos 3 anos, revelou que 20% dos pais entrevistados afirmam que os filhos consumiram fast food com mais frequência durante a pandemia

Uma alimentação saudável é essencial para o desenvolvimento da criança, já que promove benefícios para a saúde, tanto física, quanto mental. De acordo com a nutricionista, Dayanna Miranda Camizão, a má alimentação na infância pode ocasionar: 

- anemia

- emagrecimento ou obesidade

- falta de disposição

- distúrbios psicológicos e motores.

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), revelou que seis em cada dez crianças demonstram dificuldades alimentares, que variam entre o baixo consumo de alimentos nutritivos até a resistência em experimentar novos alimentos. 

Diante desse cenário, é de extrema importância que os pais estejam atentos ao que os filhos consomem, e, caso necessário, procurem um profissional qualificado.

Como introduzir novos alimentos no cardápio do meu filho? Veja 5 dicas

A nutricionista listou algumas dicas para os pais aumentarem o repertório alimentar dos filhos. Confira:

1- O bom exemplo é fundamental

As crianças se inspiram e admiram os pais, uma vez que a família exerce uma enorme influência em sua personalidade e costumes. Desse modo, é indispensável que os familiares sejam um bom exemplo no comportamento alimentar, com uma alimentação ampla e variada. 

Além disso, é importante comer junto com a criança, então as refeições em família favorecem uma relação amigável com a comida, de modo que ela associará o momento de alimentação a um momento feliz.

2- Refeições sem distrações tecnológicas

É importante não ligar aparelhos eletrônicos na hora da refeição, como televisão, celular, tablets.

3- Mistura de alimentos conhecidos e desconhecidos

Para ajudar na aceitação de alimentos novos, é preciso ter pelo menos um alimento do qual a criança já tenha familiaridade na hora de compor o prato.

4- Ambiente agradável e sem castigo

É preciso haver um ambiente agradável na hora de apresentar novos alimentos, mesmo que o processo seja difícil e a criança recuse diversas comidas, sem forçar e ameaçar colocar de castigo, para que ela não associe o ato de se alimentar a algo negativo, como uma obrigação.

5- Escutar a criança é importante

Ouvir os palpites das crianças na hora de fazer o cardápio e ir ao supermercado também é preciso, para que eles se sintam parte do processo, e que não haja somente imposições por parte dos responsáveis.

Escola tem papel importante na introdução alimentar das crianças, diz especialista

Para a nutricionista Dayanna Miranda Camizão, a escola desempenha um papel fundamental na construção dos hábitos alimentares das crianças. 

“Muitos pais têm dificuldade para introduzir alimentos saudáveis na dieta dos filhos e, por conta disso, realizar essa introdução de forma pedagógica, criativa e educativa, em um ambiente escolar, pode transformar esse processo em algo divertido para as crianças", afirmou. 

Ainda segundo a especialista, é normal existir uma certa dificuldade de incluir determinados alimentos na alimentação das crianças, mas quando isso deixa de ser algo ocasional e se torna repetitivo, e a criança se recusa totalmente a experimentar novos alimentos, é hora de se preocupar. 

"O ambiente escolar faz toda a diferença nesse sentido, uma vez que, ao explicar a importância de cada alimento, de uma forma pedagógica, existe uma probabilidade maior das crianças se interessarem em explorar as refeições”, explica a nutricionista da Upuerê Educação Infantil.




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