Saúde

Inca aponta para o surgimento de mais de 3 mil casos de câncer de pele no ES em 2019

Com mais de 170 mil casos registrados anualmente, câncer de pele é o mais comum no Brasil

Foto: Divulgação

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, até o final de 2019, mais de 171 mil pessoas terão sido diagnosticadas com câncer de pele. O número diz respeito a dois tipos de câncer: o câncer de pele não melanoma e o câncer de pele melanoma.

Somente no Espírito Santo a estimativa do Inca aponta para o surgimento de 3.390 casos de câncer de pele não melanoma e 170 casos de câncer de pele melanoma até o final deste ano. 

A oncologista clínica do Centro Capixaba de Oncologia, Juliana Alvarenga, explica que a doença tem grandes chances de cura, por isso é preciso estar atento aos sinais e tratar adequadamente as lesões. “Ao detectar sinais ou manchas suspeitos, deve-se consultar imediatamente o especialista, pois o diagnóstico precoce é o fator primordial para o sucesso no tratamento”. 

Tipos

O mais comum deles, o não melanoma, é responsável pela maior parcela de casos, superando a marca de 165 mil novos diagnósticos ao ano, mas possui altos índices de cura quando é detectado e tratado precocemente. 

Já o câncer de pele melanoma, menos incidente, mas com alto grau de letalidade, pode aparecer em qualquer parte do corpo, sendo subdividido em cutâneo (em geral na pele), acral (palma da mão, sola do pé e debaixo das unhas), uveal (olhos) e de mucosa (caso de boca, intestino, reto e qualquer outra mucosa do corpo). 

Destes, o cutâneo é o mais frequente e o que tem a exposição solar como principal fator de risco, aparecendo tanto em regiões foto-expostas (ante-braço, colo, face, pernas, dentre outros) ou regiões que geralmente são protegidas do sol.

Apesar de corresponder somente a 3% dos tumores malignos de pele registrados no país, o melanoma é considerado o tipo mais grave por sua capacidade de causar metástase. No Brasil, dos cerca de 7 mil casos registrados por ano, foram quase 1.800 mortes relacionadas à doença.

Fator de risco

Os fatores que aumentam o risco são basicamente os mesmos: a exposição prolongada e repetida ao sol, sem uso de proteção adequada. Ter a pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino (ou possuir histórico familiar) também figuram como fatores que contribuem para os aumentos no risco. “A irradiação ultravioleta do sol - conhecida como raio UV - é a principal vilã no câncer de pele. Continuada, ou mesmo intermitente, como em períodos de férias, por exemplo, se feita de maneira não protegida, pode ser considerada um fator de risco preocupante”, disse a oncologista. 


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