Saúde

Há necessidade de internação para tratar ansiedade e depressão? Especialista esclarece dúvidas!

Uma internação pode ajudar a evitar um possível surto. Controlar a doença no início evita que o problema cresça e se torne mais difícil de ser tratado

Foto: Divulgação

O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão, ambas caracterizam transtornos psicológicos. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população.

Estamos acostumados a associar a internação por problemas psicológicos ou psiquiátricos aos casos nos quais o indivíduo perdeu a capacidade de fazer suas próprias escolhas ou quando ele passa a representar perigo para a sociedade e até para si mesmo, mas a verdade é que não é bem assim.

De acordo com o terapeuta da clínica Pontual, Gabriel Rocha a internação nos casos de ansiedade e depressão, mesmo sendo iniciais pode ser benéfica no sentido de promover qualidade de vida em um ambiente livre de pressões do dia-dia e rotinas que causam stress. “A grande diferença é que em uma clínica especializada, podemos identificar esses gatilhos e ajudar a pessoa de forma intencional e assertiva, resolvendo o problema no início”, observou.

Gabriel ainda disse que não o tempo de permanência em uma internação depende muito de cada pessoa, já que cada indivíduo é único em suas necessidades. “Sempre indico que as famílias busquem saber como são determinados os critérios de permanência e evolução dos pacientes em tratamento. Claro que nossa vontade é ver as pessoas bem e reabilitadas no menor tempo possível”, disse.

Antes de acontecer uma internação, a pessoa deve ser avaliada por uma equipe multidisciplinar, que desenvolverá uma proposta terapêutica individualizada para aquele indivíduo. “É importante que a proposta contenha acompanhamento da pessoa no dia-dia, participação em grupos terapias, meditações diárias, prática de exercícios junto com uma alimentação equilibrada e com o descanso necessário. Essas são algumas ações que melhoram a vida num todo. Assim criam-se hábitos saudáveis que serão levados para toda vida”, explicou.

Os tratamentos para ansiedade tem cura, e nem sempre a pessoa será dependente de remédios, o que também não é um problema, desde que a medicação esteja correta e fazendo bem, equilibrando quem está fazendo seu uso.

A diretora da Clínica Pontual Simone Terra, disse que recebe pessoas com diversos tipos de problemas psicológicos, que vão desde as ansiedades aos mais graves problemas que envolvem a mente. “Protocolos e terapias corretas são poderosas armas contra as doenças da mente. Ter um espaço de lazer, adotar uma rotina que ajude a recuperar a saúde da mente é um caminho vantajoso e de muito sucesso nas recuperações”, disse.

Após a pandemia muitas pessoas, das mais variadas classes sociais apresentaram problemas relacionados a mente e nesse contexto nós tivemos uma ideia inovadora e que nos permitiu atender pessoas que achavam quase impossível ter um tratamento adequado devido às dificuldades com as internações e tratamentos no sistema público e as altas dos preços na rede privada. “Criamos um cartão, o Mental Card. Com ele as pessoas tem acesso ao tratamento adequado e até a internação para evitar surtos. São diferentes planos para variados tipos de necessidades. O bom disso é que quem precisa consegue fazer o tratamento com mensalidades que podem ser previstas no orçamento”, ressaltou.

Os riscos da ansiedade

Conhecer as formas de tratar corretamente a ansiedade e seus sintomas é essencial para manter a saúde e a qualidade de vida. Quando a ansiedade deixa de ser controlada e atinge níveis muito elevados, há o risco de que ela se torne uma doença preocupante: o distúrbio da ansiedade.

“A ansiedade quando não tratada também pode trazer consigo algumas doenças psicossomáticas e junto com elas ocorre a queda de cabelo, dores do estômago, falta de ar, e até a fibromialgia”, disse a psicóloga da clínica Pontual, Camila Carvalho.

Camila ainda disse que é sinal de que a ansiedade saiu da esfera da normalidade quando a rotina começa a ficar impactada, quando surgem sensações de angústias muito frequentes, começam a ocorrer problemas como o aumento ou perda excessiva de peso, alterações no sono e quando as relações sociais começam a ficar prejudicadas por conta da frequente alteração no humor.

“Sem o tratamento adequado a pessoa fica exposta ao desequilíbrio emocional que atinge proporções mais elevadas e resulta em sérias complicações psicológicas como as fobias, pânico, perturbações nervosas e muito estresse”, disse.

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