Saúde

Novo modelo de remuneração para setor da saúde tem proposta de melhorar qualidade do serviço

Objetivo do modelo proposto pela Agência Nacional de Saúde tem objetivo de racionalizar o uso dos recursos evitando gastos desnecessários

Novo modelo de remuneração para setor da saúde tem proposta de melhorar qualidade do serviço Novo modelo de remuneração para setor da saúde tem proposta de melhorar qualidade do serviço Novo modelo de remuneração para setor da saúde tem proposta de melhorar qualidade do serviço Novo modelo de remuneração para setor da saúde tem proposta de melhorar qualidade do serviço
Foto: saúde
Brasil é o País que realiza ressonância magnética. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por regular o mercado de planos de saúde no país, lançou na quarta-feira (20), um guia para a implementação de modelos de remuneração baseados em valor. O documento apresenta propostas inovadoras, que as operadoras dos planos podem adotar para remunerar profissionais, clínicas e hospitais. 

A iniciativa tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço e racionalizar o uso dos recursos, evitando gastos desnecessários.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, o modelo atualmente hegemônico no Brasil é o pagamento por procedimento. “A cada atendimento, exame, cirurgia, é feito um pagamento ao prestador, não importando a qualidade do serviço, e não importando o resultado em saúde para aquele paciente. O Brasil é, por exemplo, o campeão mundial em realização de ressonância magnética. Isso ocorre porque há um estímulo à produção. Os profissionais ganham quanto mais eles produzirem. Os novos modelos de remuneração baseados em valor propõem mudar essa lógica, remunerando quanto mais saudável for a população”.

Rodrigo avalia que a remuneração por procedimento, de um lado, obriga os profissionais a produzirem mais para serem remunerados adequadamente, e, de outro, gera gastos desnecessários. “Temos um setor que vem observando uma escalada de custos nos últimos anos impressionante. O crescimento não é nem aritmético, é exponencial. E no final das contas, acaba comprometendo a capacidade de pagamento da população, que não consegue se manter nos planos, cada vez mais caros”.

Por: Agência Brasil