Alimentos ultraprocessados
Foto: Freepik

Alimentos ultraprocessados — como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, embutidos e pratos prontos industrializados — estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia.

Apesar da praticidade, cada vez mais estudos mostram que essa escolha alimentar tem um custo muito alto para a saúde.

Estudos apontam ligação com mortes prematuras

Uma nova pesquisa internacional publicada no American Journal of Preventive Medicine analisou dados de oito países, incluindo o Brasil, e revelou um dado alarmante: o consumo de alimentos ultraprocessados está diretamente associado a um aumento do risco de morte prematura.

A cada aumento de 10% na participação desses produtos na dieta diária, o risco de morrer por qualquer causa sobe 2,7%.

4,5% das mortes no Brasil podem ser por ultraprocessados

No Brasil, estima-se que 4,5% das mortes prematuras entre 30 e 69 anos estejam ligadas ao consumo de ultraprocessados — um total de cerca de 25 mil mortes evitáveis por ano.

Em países como Estados Unidos e Reino Unido, onde esses alimentos compõem mais da metade das calorias ingeridas diariamente, esse número é ainda mais impressionante, chegando a 14% das mortes prematuras.

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A importância da alimentação balanceada

Esses produtos são ricos em calorias, açúcares, gorduras e aditivos, mas pobres em nutrientes essenciais. Além de favorecerem a obesidade, aumentam o risco de diabetes, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e até problemas de saúde mental.

Como médica cardiologista, reforço: priorizar alimentos in natura ou minimamente processados — como frutas, legumes, grãos integrais, carnes frescas e preparações caseiras — é uma escolha que salva vidas. Reduzir o consumo de ultraprocessados é uma estratégia fundamental para aumentar a nossa expectativa de vida e viver com mais saúde.

Que tal começar hoje a fazer escolhas mais conscientes no prato? Bora!

Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

Colunista

Médica pela Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória. Residência em Clínica médica pela Santa Casa de São Paulo. Residência em cardiologia e ecocardiografia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. Titulo de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Título em área de atuação em Ecocaridografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular - SBC. Presidente da SBC ES 2020/21. Caridologista e Ecocardiografista do Centrocor e CDC. @tatianeemerich

Médica pela Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória. Residência em Clínica médica pela Santa Casa de São Paulo. Residência em cardiologia e ecocardiografia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. Titulo de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Título em área de atuação em Ecocaridografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular - SBC. Presidente da SBC ES 2020/21. Caridologista e Ecocardiografista do Centrocor e CDC. @tatianeemerich