Obesidade agrava risco de doenças crônicas não transmissíveis Obesidade agrava risco de doenças crônicas não transmissíveis Obesidade agrava risco de doenças crônicas não transmissíveis Obesidade agrava risco de doenças crônicas não transmissíveis
Foto: Freepik
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) – doenças cardíacas, acidentes vasculares encefálicos, câncer, diabetes e doenças pulmonares obstrutivas crônicas – são responsáveis por três em cada quatro mortes no mundo.

O mais impressionante é que são doenças que podem ser evitadas ou, pelo menos, bem controladas ou ainda, atenuadas em sua gravidade, pois são determinadas, em grande parte, por questões comportamentais (hábitos sociais e de consumo e ainda, exposição ambiental).

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Doenças crônicas e os recursos da saúde

Imagine quantas vidas, quantas pessoas poderiam viver melhor, quanto recurso despendido na saúde pública e privada que poderia ser poupado.

Pois bem, uma das causas importantes para o desenvolvimento de DCNTs é a obesidade e o sobrepeso. Então vamos falar um pouco sobre isso.

No recém-divulgado Atlas Mundial de Obesidade foi detectado que 68% da população brasileira tem sobrepeso e destes, 31% têm obesidade. Chama a atenção também o crescimento dessa condição entre crianças e jovens.

Diagnóstico da obesidade e do sobrepeso

O diagnóstico da obesidade e do sobrepeso é feito utilizando alguns critérios, sendo o mais importante o IMC.

Esse índice é obtido utilizando-se a altura e o peso, e para sua determinação, existem muitas calculadoras online que realizam esse cálculo. Vale lembrar que o cálculo para adultos e crianças menores de 19 anos utilizam parâmetros diferentes.

Outro critério importante é a distribuição de gordura corporal. A gordura abdominal é associada ao acúmulo da gordura visceral, e esta, altera a estrutura dos órgãos, dificultando seu funcionamento, além de ser metabolicamente ativa, produzindo substâncias inflamatórias.

Para medi-la, grosso modo, basta apenas passar uma fita métrica ao redor da cintura e observar a medida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, valores iguais ou superiores a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres são sinais de alerta.

O combate ao excesso de peso é uma estratégia muito eficaz na prevenção e combate das DNCTs e até mesmo reduções de 5% a 10% do peso já proporcionam benefícios significativos.

Importância dos exames periódicos

Exames laboratoriais periódicos são recomendados na avaliação dos progressos e melhora dos indicadores bioquímicos de seu metabolismo.

O tratamento envolve mudanças no estilo de vida – alimentação equilibrada, atividade física regular e sono adequado.

Para tanto, deve-se, idealmente, ter apoio de uma equipe multidisciplinar, podendo envolver um médico, nutricionista e psicólogo.

Mais do que perseguir um número na balança, o objetivo é atingir saúde e bem-estar de forma sustentável. Cuidar de nosso corpo vai muito além de estética, é uma questão de saúde física e emocional.

Então, mãos à obra.

Ana Lucia Barbosa Morales

Colunista

Consultora do Grupo Tommasi, Médica Patologista Clínica do Laboratório Morales, Farmacêutica Bioquímica, Pós-graduada em Clínica Médica.

Consultora do Grupo Tommasi, Médica Patologista Clínica do Laboratório Morales, Farmacêutica Bioquímica, Pós-graduada em Clínica Médica.