Saúde

Quais são os métodos disponíveis para evitar uma gravidez indesejada?

Cerca de 64% das mulheres em um relacionamento estável usam métodos anticoncepcionais

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Foto: Divulgação
Cerca de 51% das gestações no país não são planejadas e o Brasil tem um alto índice de gravidez na adolescência. 

Segundo relatório publicado pelo Departamento da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Econômicos e Sociais, Tendências do Uso de Métodos Anticoncepcionais no Mundo, 64% das mulheres em um relacionamento estável usam métodos anticoncepcionais.

No Brasil, o público feminino que usou algum tipo de método contraceptivo chegou a 79% em 2015, contra cerca de 51% em 1970. “O uso de anticoncepcionais auxilia na prevenção de uma possível gravidez indesejada, ajuda a manter o ciclo menstrual regulado e proporciona alguns benefícios à saúde da mulher, por isso esse aumento durante os anos”, revela Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta.

Segundo a médica Ilza Maria Monteiro, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), existem os comprimidos combinados, feitos à base de estrógeno e progestógeno, e aqueles só à base de progestógeno, que devem ser tomados todos os dias e bloqueiam a ovulação. Segundo ela a eficácia é de 99%, mas 8 em cada 100 mulheres acabam engravidando porque esquecem de tomar a pílula diariamente. 

Implante contraceptivo

É um implante de progestógeno colocado por meio de anestesia local sob a pele do braço. Ao longo de três anos, vai liberando um pouco do hormônio todos os dias, que bloqueia a ovulação. 

Injeção, anel vaginal e diafragma

A injeção de hormônios deve ser aplicada mensalmente, o anel vaginal, a cada três semanas, e o diafragma, a própria mulher coloca, antes das relações sexuais

DIU

A eficácia desse método é de 99%. O DIU hormonal é trocado a cada cinco anos, e o sem hormônio com cobre, a cada dez. A colocação de ambos causa desconforto, mas é feita em poucos minutos, afirma Ilza. “Quem menstrua muito deve preferir o DIU com hormônio, e quem menstrua pouco, o de cobre”, disse a médica.  

Preservativo feminino

Feito de poliuretano, um plástico macio mais fino que o látex, material do preservativo masculino, pode ser colocado na vagina pela própria mulher bem antes da relação sexual. A vantagem é que dá independência à mulher. A desvantagem é que fica visível e faz barulho durante o ato, segundo a ginecologista. Sua eficácia é a mesma do preservativo masculino, em torno de 80%

Pílula do dia seguinte

Não é um método contraceptivo, mas sim um comprimido de emergência que não pode ser utilizado com frequência. A médica explica que utilizá-lo com frequência não faz mal ao corpo da mulher, mas compromete a sua eficácia. A pílula do dia seguinte, quando necessária, deve ser tomada até três dias depois do coito desprotegido. Quanto antes, maior a sua eficácia. Ilza explica que o medicamento atrapalha a ovulação, não interferindo quando o embrião já está formado. “Não é abortivo”, afirma

Coito interrompido

Não é considerado um método seguro de evitar a gravidez. A taxa de eficácia é de menos 50%. A ginecologista ressalta que 51% das gestações no país não são planejadas e o Brasil tem um alto índice de gravidez na adolescência. São 71 gestações em cada mil adolescentes, o que representa um dos maiores índices da América Latina. Entre as adolescentes, 80% das gestações não são planejadas.

* Com informações do Portal R7