Saúde

Relatório da Unicef mostra que 300 milhões de crianças sofrem violência todos os dias

Campanha “Quebrando o Silêncio” acontece em oito países da América do Sul neste mês. Espírito Santo irá aderir ações em prol das crianças e adolescentes vítimas agressão e maus tratos.

Relatório da Unicef mostra que 300 milhões de crianças sofrem violência todos os dias Relatório da Unicef mostra que 300 milhões de crianças sofrem violência todos os dias Relatório da Unicef mostra que 300 milhões de crianças sofrem violência todos os dias Relatório da Unicef mostra que 300 milhões de crianças sofrem violência todos os dias
Foto: Divulgação / Pexel
Dados integram o relatório “Um Rosto Familiar: Violência na Vida de Crianças e Adolescentes”. 

Segundo relatório divulgado em 2017 (dados mais recentes) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 300 milhões de crianças em todo o mundo vivem em constante situação de violência, seja física, sexual ou moral. Um exemplo, foi a morte da menina Pyetra, de apenas 3 anos, que chocou o Espírito Santo na última semana. A suspeita é de que a menina era vítima de constantes agressões cometidas pelos próprios pais. 

Os dados que integram o relatório “Um Rosto Familiar: Violência na Vida de Crianças e Adolescentes”, equivale a quase toda a população dos Estados Unidos.

Em busca de acender um amplo debate e propor métodos para evitar o crescimento da violência sexual infantil, neste ano a campanha Quebrando o Silêncio direciona sua atenção para o tema em busca de evitar que mais crianças e adolescentes integrem estatísticas mundiais. A iniciativa, busca também, apresentar caminhos para a recuperação de quem, infelizmente, carrega as marcas e dores que resultam do abuso.

No Espírito Santo, a campanha realiza pela Igreja Adventista, acontece neste mês com várias ações voltadas para a comunidade como passeatas de conscientização, palestras em escolas, palestras e dinâmicas em centros de apoio à crianças e adolescentes de Vitória, sessão solene na Câmara de Vitória, entre outros. “Serão entregues materiais instrutivos, como uma revista para adultos e outra para crianças, ambas com ênfase na necessidade de prevenção e conselhos sobre o que fazer para evitar a aproximação de abusadores, por exemplo”, lembrou a coordenadora da campanha no estado, a educadora Jeanete Souza.

Sinais de alerta 

Entre os sinais de alerta que podem ser observados na vítima estão: mudanças de humor, recusa em ir à escola, pedido de mesada extra, isolamento social, atendimentos frequentes no serviço médico escolar, além do surgimento de dores vagas, arranhões e hematomas.

Há ainda manifestações mais severas, como ofensas verbais, ofensa sexual e agressões físicas graves, que podem acontecer em qualquer lugar. Outras modalidades de atos violentos – como vandalismo, furtos e até mesmo homicídios – também podem ser praticados. 

Dia D

As ações centrais da campanha ocorrem no dia 24 de agosto no Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Equador. No entanto, a campanha se estende ao longo de todo o ano com palestras, ações de conscientização e iniciativas de amparo realizadas em várias localidades.

“Órgãos governamentais e comunidades religiosas, por exemplo, podem ajudar a proteger as crianças e adolescentes ao deixar a postura meramente reativa para assumir uma agenda proativa de prevenção”, sublinha a educadora Marli Peyerl, coordenadora do projeto para oito países da América do Sul. O caminho, aponta ela, é informar e sensibilizar a população, começando pelos pais e cuidadores. E, depois, partir para a ação: criar ambientes que sejam acolhedores e inclusivos nos espaços frequentados pelos pequenos.