Foto: Freepik
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Uma das dúvidas mais frequentes de mulheres diagnosticadas com baixa reserva ovariana é se ainda assim podem engravidar.

A reserva ovariana é um dos principais indicadores da fertilidade feminina e refere-se à quantidade e à qualidade dos óvulos ainda disponíveis nos ovários de uma mulher em determinado momento da vida.

O que é baixa reserva ovariana?

Cada mulher nasce com um número finito de óvulos, que vai diminuindo ao longo dos anos, tanto em número quanto em qualidade, especialmente a partir dos 35 anos. A avaliação da reserva ovariana é feita, principalmente, por meio de exames como a dosagem do hormônio antimülleriano (AMH), o ultrassom transvaginal para contagem de folículos antrais e, em alguns casos, a dosagem do FSH (hormônio folículo-estimulante).

Quando a mulher apresenta baixa reserva ovariana, significa que o número de óvulos disponíveis está reduzido, o que pode dificultar a gravidez espontânea. No entanto, isso não significa que engravidar seja impossível.

Alternativas para baixa reserva

Há alternativas médicas e técnicas de reprodução assistida que podem ajudar. Uma das principais opções é a fertilização in vitro (FIV), que pode ser indicada com protocolos individualizados para estimular a produção de óvulos remanescentes. Em alguns casos, pode ser necessário realizar mais de um ciclo de estimulação para captar uma quantidade suficiente de óvulos.

Outra alternativa é o uso de óvulos doados, indicado principalmente quando a qualidade dos óvulos próprios está muito comprometida. A ovodoação é um recurso cada vez mais comum e permite altas taxas de sucesso, já que utiliza óvulos de doadoras jovens, com boa reserva ovariana.

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Além disso, para mulheres que ainda não desejam engravidar, mas apresentam indícios de baixa reserva, o congelamento de óvulos pode ser uma estratégia preventiva, preservando a fertilidade para o futuro.

É fundamental que a avaliação e o acompanhamento sejam feitos por um especialista em medicina reprodutiva, que poderá indicar o melhor caminho de acordo com a idade, os exames e os objetivos reprodutivos da paciente. Com orientação adequada e acesso às tecnologias disponíveis, muitas mulheres com baixa reserva ovariana conseguem realizar o sonho da maternidade.

Dra. Layza Merizio Borges

Colunista

Médica. Mestre (IAMSPE-SP) e Doutora (UNIFESP) em Reprodução Assistida. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Membro internacional da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e de Reprodução Assistida (SBRA). Responsável Técnica do Instituto de Medicina Reprodutiva. @medicinareprodutiva

Médica. Mestre (IAMSPE-SP) e Doutora (UNIFESP) em Reprodução Assistida. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Membro internacional da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e de Reprodução Assistida (SBRA). Responsável Técnica do Instituto de Medicina Reprodutiva. @medicinareprodutiva