Saúde

Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono pode piorar em momentos de tensão

Ministério da Saúde alerta que doença crônica afeta 33% da população brasileira e sem o correto diagnóstico e tratamento podem trazer consequências

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Foto: agencia

Com a vida contemporânea estressante, hábitos pouco saudáveis e sedentarismo muitas pessoas podem estar sofrendo com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). De acordo com o Ministério da Saúde, essa doença crônica afeta 33% da população brasileira e sem o correto diagnóstico e tratamento podem trazer consequências a longo prazo, como risco de hipertensão, diabetes e até mesmo infartos.

 A SAOS é causada por uma parada respiratória enquanto a pessoa dorme, com consequente diminuição da oxigenação do corpo, assim, o cérebro alerta para esse fato, levando a inúmeros microdespertares durante o sono, impedindo o correto descanso e restabelecimentos das funções fisiológicas durante esse momento.

Entre as queixas mais comuns temos a fadiga e a sonolência durante o dia, que podem atrapalhar o rendimento no trabalho e estudo, além de causarem ronco, que incomoda as noites de sono dos companheiros da casa, e consequentemente o relacionamento entre eles. Mas essa síndrome não causa só problemas conjugais ou sociais, mas sim uma série de consequências para o organismo que podem levar a pessoa a desenvolver graves problemas como arritmias cardíacas, e por isso deve ser tratada.

“Diversas são as causas da a apneia, que podem ser de origem central, causada por uma problema entre a comunicação do cérebro e os pulmões ou obstrutiva, que é a mais comum, cuja origem é alguma obstrução na faringe que impede a correta passagem do ar, como a hipertrofia de cornetos e adenoides, desvio de septo e a mandíbula posicionada muito para trás”, afirma o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

O principal exame para diagnóstico da SAOS é a chamada polissonografia, e é fundamental o papel de um especialista para o correto diagnóstico e tratamento desses casos.

De acordo com o Dr. Fábio Sato, diversos são os tratamentos atualmente disponíveis para a SAOS, sendo o aparelho de CPAP o mais utilizado, que mantém um fluxo de ar contínuo durante o sono. Entretanto, muitos pacientes não consegue se adaptar ou não querem viver dependentes do CPAP, optando por aparelhos intra-orais e as cirurgias, em especial o chamado avanço maxilo-mandibular, que corrige a obstrução das vias aéreas e permitindo o fluxo correto de ar durante as noites de sono, sendo a opção definitiva para esses casos.

“Além dos tratamentos específicos, hábitos de promoção de saúde, como fazer exercícios, ter uma alimentação saudável, horários regulares de sono e evitar café e bebidas alcoólicas antes de dormir também ajudam a melhorar o sono e prevenir as crises de apneia”, finaliza o cirurgião.