Hospital Santa Rita
Foto: Hospital Santa Rita/Divulgação

Sete pessoas, cinco funcionários e dois pacientes, permanecem internadas com suspeita de vínculo com o surto de infecção respiratória do Hospital Santa Rita, em Vitória. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), nesta sexta-feira (31), 90 casos ainda são considerados suspeitos.

Dos trabalhadores internados, dois estão na UTI, com evolução favorável, e três estão na enfermaria. As outras duas pessoas na enfermaria eram pacientes da unidade de saúde.

Apesar do total de casos investigados continuar o mesmo que o da última divulgação, publicada na quinta-feira (28), houve alteração no número de suspeitos entre funcionários hospital e acompanhantes.

Anteriormente, 70 funcionários e 13 acompanhantes estavam entre os pacientes. Agora são 72 funcionários, 11 acompanhantes e sete pacientes.

Todos tiveram vínculo com o hospital após o dia 20 de setembro e frequentaram a mesma ala, epicentro da contaminação. Confira a lista completa:

  • Casos investigados em funcionários: 72
    Casos investigados em pacientes: 07
    Casos investigados em acompanhantes: 11
  • Internações em UTI: 02
    Internações em enfermaria: 05
    Funcionários internados: 05
    Pacientes internados: 02
    Acompanhantes internados: 0

Ainda segundo o boletim, sete pessoas receberam alta médica, sendo um de Colatina, um de Cariacica, um de Guarapari, um de Linhares, um da Serra e dois de Vitória.

Resultados devem ser divulgados na segunda-feira

A  Sesa afirmou que os resultados dos exames sobre o surto devem ser liberados na próxima segunda-feira (3), com investigações previstas para até o domingo (2).

Em vídeo publicado na quinta-feira (30), o secretário estadual da Saúde, Tyago Hoffmann, afirmou que, até aquele momento, não haviam sido registrados casos de transmissão de uma pessoa para outra.

As transmissões ficaram restritas a pessoas que estiveram em ambientes de internação do hospital, reforçando que não há risco de disseminação na comunidade.

Tyago Hoffmann, secretario de Estado da Saúde

A principal suspeita é que o surto tenha um causador ambiental, ou seja, uma contaminação na água, em um filtro de ar-condicionado ou em alguma área frequentada pelos contaminados.

Covid-19 e outros vírus descartados

A Sesa confirmou que a presença da Covid-19 ou de qualquer nova cepa do vírus já foi descartada como possível causa para o surto. As análises também não apontam nesse momento a presença de nenhum vírus como responsável

Cerca de 300 patógenos – microrganismos que causam doenças em seres vivos – estão sendo testados. A testagem está sendo realizada no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES), com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

“As recomendações sanitárias continuam sendo as mesmas. A ala do hospital, que foi o epicentro do surto, continua fechada. O centro cirúrgico ao lado continua fechado e as demais atividades do hospital estão funcionando normalmente, sem nenhuma recomendação sanitária para dentro do hospital nem para fora do hospital”, afirmou o secretário.

CONFIRA O ÚLTIMO PRONUNCIAMENTO DO SECRETÁRIO:

Entenda os sintomas

De acordo com a nota técnica enviada a todos os hospitais do Estado pela Sesa, os casos são considerados suspeitos se o paciente tiver vínculo epidemiológico com o Hospital Santa Rita após o dia 20 de setembro de 2025 e apresentar um dos quadros sintomáticos:

Quadro 1febre e pelo menos dois dos seguintes sintomas: mialgia, cefaleia ou toss

Quadro 2: febre e alteração radiológica, e pelo menos um dos seguintes sintomas: mialgia, cefaleia ou tosse.

Caso o paciente apresente dor de garganta, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos, a relação com a contaminação é desconsiderada.

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.