Engenheiro de formação, mas com alma conectada à medicina, Luís Saba estará entre os nomes que participam do Rede Saúde Summit, no dia 24 de julho, em Vitória. Inquieto com a sobrecarga enfrentada por médicos, testemunhado por amigos e familiares, ele viu o potencial da inteligência artificial para devolver aos profissionais o tempo e a atenção ao que realmente importa: escutar ativamente o paciente. Foi assim que nasceu a Medhy, ferramenta que visa transformar a rotina clínica, com tecnologia pensada a partir de experimentos médicos reais.
A solução utiliza modelos de IA para automatizar a produção e organização das notas clínicas, indicar hipóteses diagnósticas e acionar protocolos institucionais. “A Medhy nasceu para que o médico foque 100% no paciente, enquanto a IA cuida do operacional. Isso pode representar uma economia de até 35% nos minutos da consulta e uma melhora significativa na segurança das decisões clínicas”, explica Saba. Ao enriquecer o prontuário e reduzir a sobrecarga cognitiva, a ferramenta também habilita um vínculo mais forte entre médico e paciente.
Digitalização dos atendimentos e o futuro da Medicina
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Para quem deseja iniciar a digitalização dos atendimentos, Saba destaca três pilares: geração inteligente das notas clínicas, prescrição automatizada por protocolo e o uso de concierges no WhatsApp para acompanhar o paciente no pós-consulta. “Essas ferramentas criam uma jornada de cuidado mais segura e centrada no paciente, enquanto liberam o profissional para se dedicar ao essencial”, defende. Segundo ele, há bastante curiosidade por parte de alguns gestores e médicos, muitas vezes por desejarem conhecer o real potencial dessas tecnologias.
Os dados, no entanto, falam por si: redução de até 80% no tempo gasto com registros artesanais, diminuição no tempo médio de consulta e aumento de 18% na satisfação dos médicos e pacientes. “Os resultados já são mensuráveis e impactam diretamente a qualidade do atendimento, a segurança institucional e a saúde mental dos profissionais”, afirma. A Medhy, segundo Saba, representa um novo capítulo na medicina, obtendo o apoio à decisão clínica e na construção de uma medicina mais eficiente e conectada ciência.
Com entusiasmo por inovação baseada em evidências, Luís Saba vai ao Rede Saúde Summit com a missão de mostrar que a tecnologia pode, sim, ser leve, intuitiva e transformadora. “Quero simplificar a inteligência artificial para os profissionais que já pensaram em ser usuários. O futuro já chegou. Só precisa ser mais conhecido e vivido”, conclui. Sua fala é um convite à ação para quem deseja construir uma prática mais humana com apoio da tecnologia.
Dra. Alice Sarcinelli é professora doutora da UFES, empresária e Head de Saúde da Rede Vitória de Comunicação
