Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC
Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o governo do Espírito Santo iniciaram um estudo inédito sobre a febre oropouche, doença viral transmitida pelo inseto maruim.

O estudo tem como foco a análise dos pacientes infectados para identificar moléculas que possam auxiliar no diagnóstico e no desenvolvimento de vacinas. Apesar do avanço da infecção no Estado, ainda há poucas pesquisas sobre o tema.

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De acordo com Daniel Gomes, coordenador do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, a pesquisa pretende identificar componentes presentes nos pacientes durante o processo infeccioso.

Esses componentes podem ser utilizados para prever quais pacientes tendem a agravar e também para o desenvolvimento de novos testes de diagnóstico e vacinas“, explicou.

Os sintomas da febre oropouche incluem febre e dor no corpo, mas os especialistas destacam diferenças em relação a outras viroses.

“Médicos que acompanham os casos notaram que a dor de cabeça é mais intensa e muitas vezes impede a leitura no celular. Além disso, os sintomas desaparecem e reaparecem entre 10 e 14 dias após a infecção inicial”, destacou Edson Delatorre, professor do Departamento de Patologia da Ufes.

Para confirmação da infecção, é recomendado que o paciente procure uma unidade básica de saúde. O sangue coletado é enviado ao Laboratório Central do Estado (Lacen), onde os testes e o monitoramento dos casos são realizados.

Rodrigo Rodrigues, coordenador do Lacen, alertou para o crescimento rápido da doença. “Em 2024, foram registrados 5.400 casos ao longo do ano. Em apenas 48 dias de 2025, já atingimos um número semelhante, o que indica que a febre oropouche pode se tornar endêmica no Estado”, afirmou.

O estudo conta com a colaboração de pesquisadores de outras instituições para identificar formas mais eficazes de combate à doença.

“Essa parceria pode gerar resultados rápidos e relevantes, tanto para a intervenção em saúde pública quanto para o desenvolvimento científico e tecnológico da Ufes”, concluiu Daniel.

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues

Repórter

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor dos Jornais Cidade Alerta ES e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor dos Jornais Cidade Alerta ES e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.