Quem chega à terceira idade tem mostrado que envelhecer não é sinônimo de desacelerar. Cada vez mais, pessoas com mais de 60 anos estão se dedicando à prática de atividades físicas, adotando hábitos saudáveis e investindo no bem-estar.
No Espírito Santo e em todo o Brasil, cresce o número de idosos que frequentam academias, participam de grupos de caminhada e se envolvem em esportes adaptados. A ideia de que essa fase da vida é para “ficar em casa descansando” ficou para trás.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta hoje com mais de 35 milhões de idosos e atualmente, a maioria deles se dedica a algum tipo de hobby que envolve exercícios.
Segundo a geriatra Isabela Azevedo, as atividades físicas ajudam não somente na autonomia dos idosos, mas também colaboram para a saúde física e mental.
“Caminhada, musculação, atividades como dança, pilates, ioga, jardinagem e até jogos de tabuleiro são importantes e ajudam na saúde física e mental”, disse.
Inclusão até nos estacionamentos
Lembra das placas de estacionamento com vagas preferenciais para idosos? Aquelas que mostravam velhinhos de bengalas. Pois é, elas são coisa do passado. Em supermercados e outros estabelecimentos da Grande Vitória, os cartazes mostram pessoas com mais de 60 anos bem-dispostas, craques em esportes e outras atividades.
“Essa imagem, esse estereótipo, do senhor ou senhora idosa em casa sem muita ocupação já caiu há muito tempo. A gente sabe que as pessoas estão cada vez mais inseridas na sociedade, tanto na parte econômica, profissional, o céu é o limite”, afirmou o diretor de marketing da Medsênior, Maycon Oliveira..
A vida depois dos 60
Passar dos 60 anos pode significar realizar sonhos e tirar planos da gaveta, seja no âmbito profissional ou pessoal. É o caso da empresária Janete Duarte, 66 anos, que decidiu nadar no mar. Hoje, participa de competições pelo Estado.
“Eu tinha vontade de nadar. Estava com 62 anos e queria alguma coisa para ocupar mais a mente, e aí foi o que aconteceu. Entrei em uma aula, fiz dois anos de natação, e depois começamos a voar, ou melhor, nadar”, contou.
A natação serviu também para fazer novas amizades, como a motorista de transporte escolar Maria Amélia Aliprandi, que também encontrou no mar uma forma de se exercitar e deixar a vida mais completa.
Para ela, além das amizades, o exercício levou o grupo para outras cidades, com o objetivo de se divertir e garantir uma medalha em competições.
“A gente faz viagens, já competimos na prova rei e rainha do mar, Peracanga, Piúma, Mulheres do Mar. Tendo uma natação, a gente entra; tendo medalha, a gente entra. E medalha é o que a gente mais tem”, afirma Amélia.
*Com informações do repórter Gabriel Cavalini, da TV Vitória/Record