Servidores pedem reestruturação de carreiras em ato em frente ao Palácio Anchieta. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
Servidores pedem reestruturação de carreiras em ato em frente ao Palácio Anchieta. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Em meio à greve, servidores públicos do Espírito Santo realizaram ato em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, na manhã desta terça-feira (28), Dia do Servidor Público. A greve já dura 21 dias.

O protesto causou lentidão no trânsito. Além das manifestações, uma carreta com ureia tombou na Curva do Saldanha, provocando interdição na Avenida Vitória.

O Sindicato dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos) promete atos durante toda a semana do servidor, com novos protestos previstos para a manhã desta quarta-feira (29), também em frente ao Palácio.

O sindicato também organiza uma vigília na Praça João Clímaco, também no Centro, nestas terça e quarta-feira. Para esta terça, os grevistas ainda pedem uma reunião com o governador Renato Casagrande.

Os atos durante a semana do servidor seguem na quinta-feira (30), com assembleia geral unificada e caminhada do servidor com concentração em frente ao Iema. Na sexta (31), o Sindipúblicos organizará um debate e uma confraternização entre os grevistas.

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Entenda os protestos dos servidores

De acordo com Renata Setúbal, presidente do Sindipúblicos, o movimento responde a um histórico de defasagem salarial que chega a ultrapassar 50% em algumas carreiras. A greve foi aprovada no dia 1º de outubro e teve início no último dia 7.

Durante a pandemia, os salários ficaram congelados, e nos outros anos os reajustes foram sempre abaixo da inflação

Renata Setúbal, presidente do Sindipúblicos

O principal pleito da categoria é a reestruturação das carreiras, proposta que, segundo o sindicato, traria uma média de recuperação salarial de 30% e teria impacto mínimo de 1,1% na folha do Estado.

O próprio governo validou esses números, mas até agora não apresentou uma proposta concreta. Fica claro um desencontro de informações

Renata Setúbal, presidente do Sindipúblicos

A categoria também aponta desigualdade no tratamento entre carreiras do Executivo estadual, já que outros segmentos, como segurança pública e analistas fiscais, receberam reestruturação salarial recentemente, segundo alega a presidente do sindicato.

Segundo o sindicato, cerca de 3.800 profissionais de 14 autarquias e secretarias do Executivo estadual aderiram à greve. Já o Ipem declarou que não há nenhum servidor em greve.

No entanto, mesmo com a greve, não há paralisação total dos serviços e todos os órgãos do Estado estão em funcionamento. O Sindipúblicos garante que cumpre a determinação legal de manter 30% das atividades.

*Texto sob supervisão da editora Elisa Rangel

Enzo Bicalho, estagiário do Folha Vitória
Enzo Bicalho Assis*

Estagiário

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).