Tatiane, diarista de 42 anos e mãe de Rafael, de 8, vive em guarda compartilhada com seu ex-marido, uma solução que considera benéfica. No Espírito Santo, desde 2022, os casos de guarda compartilhada superaram os de guarda materna, reflexo de uma mudança no entendimento judicial e social. Em 2024, dos 184 mil divórcios envolvendo filhos menores no Brasil, mais de 82 mil resultaram em guarda compartilhada, enquanto cerca de 60% dos 2.100 divórcios no Espírito Santo também seguiram essa tendência, que começou com a aprovação da Lei da Guarda Compartilhada em 2014.

Apesar do avanço, a advogada entrevistada aponta que as responsabilidades diárias ainda recaem desproporcionalmente sobre as mulheres. Tatiane exemplifica essa realidade ao afirmar que, embora a guarda compartilhada envolva tanto diversão quanto responsabilidades, na prática, tarefas como consultas médicas e presença na escola frequentemente ficam a cargo das mães. Para ela, a guarda compartilhada tem funcionado bem, mas é necessário um comprometimento ativo de ambos os pais para que a dinâmica funcione de maneira equilibrada.