Proteína diária: descubra quanto seu corpo realmente precisa
Foto: Gemini

A proteína é um dos pilares da alimentação equilibrada, mas ainda assim muita gente consome de forma errada, seja em excesso ou em quantidade insuficiente. Esse nutriente está diretamente ligado à manutenção dos músculos, ao fortalecimento do sistema imunológico e até ao controle da saciedade. Por isso, entender qual é a dose certa para o dia a dia faz toda a diferença na saúde e nos resultados, seja no emagrecimento, seja no ganho de massa magra.

Definir a quantidade ideal, no entanto, não é tão simples quanto escolher um número fixo. O consumo varia de acordo com idade, peso, rotina de exercícios e até objetivos individuais. É exatamente isso que vamos explorar a seguir: quanto de proteína realmente faz sentido consumir todos os dias  e como equilibrar esse valor de forma prática na sua dieta.

QUANTO DE PROTEÍNA O CORPO REALMENTE PRECISA?

A quantidade ideal de proteína varia conforme o peso, o estilo de vida e os objetivos de cada pessoa. Para a população em geral, recomenda-se cerca de 0,8 grama por quilo corporal ao dia. Já para quem pratica atividades físicas intensas ou deseja ganhar massa muscular, esse número pode chegar a 1,6 a 2 gramas por quilo. Isso significa que uma pessoa de 70 quilos precisa consumir, em média, de 56 a 140 gramas de proteína diariamente, dependendo de sua rotina e metas.

PROTEÍNA PARA QUEM QUER EMAGRECER

Quem busca emagrecimento encontra na proteína uma grande aliada. Além de contribuir para a sensação de saciedade, reduzindo a fome ao longo do dia, esse nutriente ajuda a preservar a massa magra durante dietas restritivas. Isso é fundamental porque manter a musculatura ativa acelera o metabolismo, facilitando a queima de gordura. Por isso, incluir alimentos ricos em proteína em cada refeição é uma estratégia eficiente para evitar beliscos e controlar melhor o apetite.

FONTES DE PROTEÍNA ANIMAL E VEGETAL

Quando se fala em proteína, muita gente pensa apenas em carnes e ovos. De fato, esses alimentos são ótimas fontes, ricas em aminoácidos essenciais. No entanto, quem busca variar ou segue uma alimentação restrita pode apostar em alternativas vegetais como feijão, lentilha, grão-de-bico, quinoa e tofu. A combinação de leguminosas e cereais, como arroz com feijão, é uma forma inteligente de garantir todos os aminoácidos necessários para o corpo.

O RISCO DO EXCESSO DE PROTEÍNA

Embora a proteína seja essencial, exagerar na quantidade não significa melhores resultados. Consumir acima do necessário pode sobrecarregar os rins e o fígado, especialmente em pessoas que já apresentam predisposição a problemas nesses órgãos. Além disso, dietas hiperproteicas sem acompanhamento profissional podem desequilibrar a ingestão de outros nutrientes, como fibras, vitaminas e minerais, que também são fundamentais para a saúde.

COMO DISTRIBUIR A PROTEÍNA AO LONGO DO DIA

Não adianta concentrar toda a ingestão de proteína em uma única refeição. O ideal é distribuí-la entre café da manhã, almoço, jantar e lanches. Assim, o corpo consegue absorver melhor os nutrientes e manter os músculos constantemente abastecidos. Exemplos simples incluem ovos mexidos pela manhã, frango grelhado no almoço, iogurte no lanche da tarde e peixe no jantar. Essa divisão ajuda a manter energia estável e melhora a recuperação muscular.

QUANDO PROCURAR ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Cada organismo tem necessidades diferentes, e fatores como idade, prática de exercícios, condições de saúde e até objetivos estéticos influenciam diretamente na quantidade de proteína adequada. Por isso, contar com a orientação de um nutricionista é a forma mais segura de montar um plano alimentar equilibrado. Esse acompanhamento garante que a ingestão de proteínas seja ajustada sem comprometer a saúde e levando em conta outros nutrientes indispensáveis.

EXEMPLOS PRÁTICOS DE CONSUMO DIÁRIO DE PROTEÍNA

PESSOA SEDENTÁRIA (70 KG)

Se a recomendação média é de 0,8 g por quilo, essa pessoa precisa de cerca de 56 g de proteína por dia. Isso pode ser alcançado facilmente com:

  • 2 ovos no café da manhã (12 g)
  • 1 filé de frango médio no almoço (25 g)
  • 1 copo de leite no lanche da tarde (8 g)
  • 1 porção de feijão no jantar (11 g)
PESSOA FISICAMENTE ATIVA (70 KG)

Quem treina com regularidade pode precisar de 1,5 g a 2 g por quilo, ou seja, cerca de 105 a 140 g de proteína por dia. Um cardápio possível seria:

  • Omelete com 3 ovos + queijo no café da manhã (25 g)
  • Shake de whey protein no pós-treino (25 g)
  • 150 g de carne magra no almoço (30 g)
  • Iogurte grego no lanche da tarde (15 g)
  • Salmão grelhado com quinoa no jantar (40 g)

MITOS E VERDADES SOBRE O CONSUMO DE PROTEÍNA

Muita coisa circula por aí quando o assunto é proteína, mas nem tudo tem fundamento. Separar mitos de verdades ajuda a evitar exageros e também a entender o papel real desse nutriente no corpo.

“COMER MUITA PROTEÍNA FAZ MAL PARA OS RINS”

Isso só é verdade para quem já tem alguma condição renal diagnosticada. Para pessoas saudáveis, consumir proteína dentro das recomendações não representa risco. O problema está no excesso extremo e contínuo, aliado à falta de hidratação.

“WHEY PROTEIN É INDISPENSÁVEL PARA GANHAR MASSA”

Falso. O whey é apenas uma forma prática de consumir proteína, mas não é obrigatório. Frango, peixe, ovos, iogurte e leguminosas dão conta do recado se forem bem distribuídos ao longo do dia.

“VEGETARIANOS NÃO CONSEGUEM BATER A META DE PROTEÍNA”

Outro mito. Com a combinação certa de alimentos, como feijão com arroz, lentilha, grão-de-bico, quinoa e soja, é totalmente possível atingir a quantidade ideal sem produtos de origem animal.

“QUANTO MAIS PROTEÍNA, MAIS MÚSCULOS”

Não funciona assim. O corpo tem um limite de aproveitamento. O excesso acaba sendo convertido em energia ou armazenado em forma de gordura. O que realmente faz diferença é regularidade no treino, sono de qualidade e ingestão equilibrada de nutrientes.

COMO CALCULAR SUA NECESSIDADE INDIVIDUAL

Não existe uma única quantidade que serve para todo mundo. A recomendação geral costuma variar entre 1,2 g e 2 g de proteína por quilo de peso corporal ao dia, mas fatores como idade, rotina de exercícios e objetivos influenciam bastante.

  • Sedentários ou pessoas que fazem apenas atividades leves: podem ficar na faixa mínima, em torno de 1 g a 1,2 g por quilo.
  • Quem pratica exercícios de força ou busca ganhar massa muscular: deve mirar em 1,6 g a 2 g por quilo.
  • Idosos: precisam de um pouco mais, já que a massa muscular tende a diminuir com o tempo.

EXEMPLO PRÁTICO

Imagine uma pessoa com 70 kg:

  • Se não pratica exercícios regularmente, o consumo pode ser de 84 g de proteína por dia.
  • Se treina com frequência, essa meta pode chegar a 140 g diárias.

Dividindo ao longo do dia, isso significa que cada refeição deve conter uma boa fonte proteica. Um café da manhã com ovos, um almoço com frango ou peixe, um lanche da tarde com iogurte grego e um jantar com leguminosas já ajudam bastante a alcançar o objetivo.

Jonathan Robert

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Trabalha com SEO e conteúdo desde 2020. Entre os interesses estão tecnologia, viagens, turismo, entretenimento e bem-estar.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Trabalha com SEO e conteúdo desde 2020. Entre os interesses estão tecnologia, viagens, turismo, entretenimento e bem-estar.