Congresso aprova reforma eleitoral: o que mudou?
Nesta sexta-feira (13), foi realizada em Vitória a 4ª edição Encontro Folha Business. O evento debateu a digitalização do mercado financeiro, como as mudanças promovidas pelo Banco Central, incluindo o Open Banking e a introdução do sistema de pagamentos Pix.
O evento contou com Moacy Veiga, Fundador e CEO da Kinvo; Bruno Loiola, Fundador e Chief Growth Officer da Pluggy; e Rodrigo Cury CEO do BTG+, Cassio Bruno, Managing Partner da Moat Capital; Marcelo Mesquita, Sócio-fundador da Leblon Equities; e Paolo di Sora CEO e sócio-fundador da RPS Capital. O último painel teve a presença do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto e do deputado federal Felipe Rigoni (Sem partido).
A mediações dos painéis ficaram por conta de Victor Casagrande, Head de Growth da Apex Partners, Vinicius Torres, Head de Renda Variável na APX Invest e Ricardo Frizera, Head da Folha Business.
O Encontro Folha Business já se consolidou como o principal foro de discussões empresariais, auxiliando lideranças capixabas na tomada de decisões. Confira 10 lições proporcionadas pelo evento.
1. O impacto do Open Banking no Brasil será maior que na Europa porque a brasileira é mais disposta a fornecer dados por melhores serviços e produtos, de acordo com pesquisas. Além disso, fatores conjunturais aumentam o potencial de desenvolvimento, como a alta concentração bancária, o número de desbancarizados e o alto spread bancário.
2. Quem tende a ganhar com a digitalização do mercado financeiro e o Open Banking é o consumidor final, beneficiado pela disputa entre todas as instituições financeiras pelo oferecimento de maiores serviços.
3. Perderá com o Open Banking apenas as instituições financeiras que buscarem adotar apenas o padrão regulatório mínimo, para mero cumprimento legal, ao invés de aproveitar as oportunidades oferecidas com o compartilhamento de informações dos usuários.
4. Há uma nova corrida pelo ouro se intensificando, sendo uma oportunidade para instituições como o BTG+, fintechs e bancos tradicionais que melhor se movimentarem no mercado. As instituições financeiras vencedoras serão aquelas que usarem bem as informações disponíveis a fim de gerar maior valor agregado.
5. Ainda há pouca instrução financeira no Brasil, mas há um processo de inclusão financeira em curso, que foi acelerado em virtude dos juros baixos, da tecnologia e da pandemia.
6. 2022 será um ano de eleição, provavelmente teremos volatilidade no mercado, mas é preciso pensar na Bolsa de Valores especialmente no longo prazo, pois a renda variável tende a superar a renda fixa.
7. Os gestores de mercado que compuseram o evento apresentaram otimismo de que a próxima década será muito melhor do que a anterior, pois houve avanços institucionais relevantes no país, além dos últimos anos terem sido impactados por cisnes negros, como o impeachment de Dilma Rousseff e a pandemia.
8. Com as novas tecnologias da informação, a eficiência do trabalho dos gestores de fundos de investimento aumentou. E, diante de muita informação ruim disponível no mercado, estar bem-informado e assessorado nunca foi tão relevante.
9. Os países que gastaram mais em políticas anticíclicas conseguiram uma retomada econômica mais robusta, mas se não houver aprofundamento da agenda de reformas e respeito à responsabilidade fiscal, o aumento da dívida pública pode significar um crescimento estrutural mais baixo.
10. O Pix mal começou: a plataforma que ele representa é muito mais potente, representando toda a identidade digital das pessoas, havendo diversas novas funcionalidades para serem implementadas a curto e médio prazo. Isso impulsionará novos modelos de negócios e diminuirá o custo de intermediação.
Bônus: O encerramento do evento ocorreu com o presidente do Banco Central Roberto Campos dizendo as seguintes palavras: “Por muito tempo o Brasil procurou soluções públicas para problemas privados, mas precisamos justamente do oposto: soluções privadas para problemas públicos!” Com avanços institucionais, previsibilidade e estabilidade, a iniciativa privada cumprirá o seu papel.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória