Economia

Ministro diz que BPC menor que mínimo é opcional

Guedes lembrou que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também mandou uma proposta de reforma que previa pensões abaixo de 100% e que enfrentar a questão é inevitável

Redação Folha Vitória
Foto: Agência Brasil/ Tânia Rêgo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que ninguém receberá menos do que um salário mínimo com a reforma da Previdência e que isso está previsto na proposta. "Tem muita coisa equivocada em relação à PEC, muita gente não leu e falou coisas que não estão lá", afirmou.

Em relação à previsão de que possa haver pagamento a partir de R$ 400 nos Benefícios de Prestação Continuada (BPC), Guedes disse que isso é opcional. Pela proposta, o beneficiado pode receber um valor menor já a partir de 60 anos, enquanto hoje recebe um salário mínimo com 65.

"Na PEC da Previdência, ninguém está recebendo abaixo do mínimo. Se alguém quiser uma antecipação, recebe menos, se não quiser, recebe o mínimo lá na frente. Poder antecipar é opcional, a pessoa do BPC vai decidir se quer pegar com 65 o salário cheio ou antecipar. É algo que vocês vão avaliar", afirmou.

Guedes lembrou que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também mandou uma proposta de reforma que previa pensões abaixo de 100% e que enfrentar a questão é inevitável. "Governos independentemente de coloração e vontade são forçados a agir para não incorrerem em irresponsabilidade fiscal e não quebrarem a Previdência", completou.

O ministros ressaltou que o texto final é uma decisão do Congresso Nacional e que os deputados podem aceitar ou não a proposta. "Tem a outra, vamos ver. Eu não tenho o voto, vocês têm e precisam tomar providência", completou.

Guedes disse que todos os sistemas de Previdência estão quebrando, incluindo o regime geral, os de Estados e municípios e de servidores públicos e militares. "Todos os regimes estão com déficit, todos indo em direção à explosão. É uma questão de tempo, vai pegar todo mundo", afirmou.

Guedes voltou defender o regime de capitalização e que é necessário economizar R$ 1 trilhão para viabilizá-lo. Ele disse que os recursos da capitalização ajudam a impulsionar investimentos e que é uma "ilusão" achar que o dinheiro "some". "Embora a reforma da Previdência tenha muito esse foco fiscal, tem também a questão de poupança", acrescentou.

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