Política

Alckmin investe sobre reduto do PT no Estado

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São Paulo – Depois de atuar diretamente para eleger o tucano João Doria no primeiro turno em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha agora do ABC Paulista, que somam cerca de três milhões de pessoas e durante anos foram chamadas de “cinturão vermelho” por causa da influência do PT. Definidas como prioritárias no segundo turno por auxiliares de Alckmin, as campanhas dos candidatos afinados com o Palácio dos Bandeirantes em São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema e Mauá adotaram o antipetismo como mote e receberam reforços. Nas demais cidades da região – São Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra -, os petistas e seus aliados já foram derrotados no primeiro turno.

“No ABC paulista a nossa maior vitória será acabar com o cinturão vermelho. O governador pediu atenção especial na região, que é nossa prioridade número 1”, disse o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista. Em 2012, o PT conseguiu vencer em São Bernardo, Santo André e Diadema. Agora, só disputa nestas duas últimas cidades.

O caso mais emblemático acontece em São Bernardo, berço do PT e do lulismo, onde o tucano Orlando Morando, deputado estadual, transformou sua campanha em uma “franquia” de Doria. Além de colar sua imagem no empresário e recebê-lo ontem para um evento de campanha na cidade, Morando adotou o jingle e o slogan do prefeito eleito.

O “Acelera São Paulo” foi substituído por “Acelera São Bernardo” e a música “João trabalhador” por “Orlando trabalhador”. A estratégia, porém, não foi um plágio, já que os autores foram consultados e assinaram, a pedido de Doria, um documento autorizando a reprodução. Ontem, ao lado de Morando, o empresário foi tratado como uma estrela do partido.

Na semana passada o próprio Alckmin esteve na cidade para uma agenda oficial e aproveitou para tomar um café com Morando na hora do almoço. O apoio maciço dos tucanos é considerado arma valiosa neste segundo turno na disputa com o deputado federal Alex Manente, do PPS, sigla que orbita na área de influência do governador.

Morando faz campanha na cidade “acusando” o adversário de ter recebido apoio oficial do PT no segundo turno. “Meu concorrente foi aliado forte do PT e hoje tem o apoio do partido. Então é um Palmeiras e Corinthians. Eu sou o Palmeiras”, disse Morando ao Estado.

Manente, por sua vez, nega que tenha recebido apoio dos petistas. “Essa tentativa é uma tentativa deles de anular o erro de levar o presidente do PCdoB, Orlando Silva, para o primeiro ato de campanha deles no segundo turno”, rebate o candidato do PPS.

Disputa direta

Em Santo André, o candidato do PSDB, Paulo Serra, enfrenta o atual prefeito petista, Carlos Grana, de quem ele foi secretário até o fim do ano passado, quando ainda estava filiado ao PSD. Serra diz que voltou ao partido três anos depois a pedido de Alckmin, com a missão de vencer a disputa pela prefeitura e reestruturar a legenda na cidade. “Temos de reconhecer que sofremos uma derrota no Estado e no Brasil, mas essa postura de levar o Doria à região representa exportar para o ABC o vazio, o supérfluo”, diz o deputado federal Paulo Teixeira, da executiva nacional do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.