Política

Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão

Eles também devem pedir ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a anulação do processo de impeachment da presidente afastada

Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão
Aliados de Dilma vão apresentar 11 questões de ordem para suspender sessão
O principal argumento é que Dilma não pode ser afastada após a divulgação da revista Veja Foto: Reprodução/Facebook

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta segunda-feira, 8, que os aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, vão apresentar 11 questões de ordem para tentar suspender a sessão da Casa desta terça-feira (9), que votará a pronúncia da petista. Eles também devem pedir ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a anulação do processo de impeachment de Dilma.

O argumento principal é que não se pode afastar definitivamente Dilma após a divulgação pela revista Veja de que o empresário Marcelo Bahia Odebrecht declarou, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, ter repassado R$ 10 milhões em dinheiro vivo ao PMDB, a pedido do presidente em exercício, Michel Temer.

O líder petista defendeu que ao menos se suspensa a sessão de pronúncia, na qual os senadores vão decidir, por maioria simples, se o processo contra Dilma está pronto para ir a julgamento.

“É um contrassenso nós termos uma presidente julgada que poderá perder o seu mandato por ter editado três decretos de suplementação orçamentária e ter praticado o que eles chamam de pedaladas fiscais, enquanto o interino é acusado de propinas e caixa dois em valores tão elevados”, afirmou Costa.

O líder do PT disse que, nas questões de ordem, também vai se pedir mais prazo para que peritos do Senado se pronunciem sobre, por exemplo, a não existência das pedaladas fiscais. Ele afirmou esperar que Ricardo Lewandowski – que vai presidir a sessão de pronúncia – acolha os pedidos que serão apresentados pelos aliados de Dilma.

Ainda assim, Costa reconheceu que a presidente afastada não tem votos suficientes para impedir a aprovação da sentença de pronúncia, mas disse acreditar ainda na reversão do resultado no julgamento final – quando serão necessários os votos de ao menos 54 dos 81 senadores. Pelas contas dele, são necessários apenas cinco votos para conquistar os 28 favoráveis à Dilma, o que impediria a condenação dela.