Política

Após Congresso não votar PL do Fies, empresas temem receber só em dezembro

Após Congresso não votar PL do Fies, empresas temem receber só em dezembro Após Congresso não votar PL do Fies, empresas temem receber só em dezembro Após Congresso não votar PL do Fies, empresas temem receber só em dezembro Após Congresso não votar PL do Fies, empresas temem receber só em dezembro

São Paulo – O Congresso Nacional voltou a adiar a análise do Projeto de Lei (PL) de crédito suplementar que dá recursos extras de R$ 702 milhões ao programa de financiamento estudantil, o Fies. Com isso, as companhias de ensino correm o risco de acumular ao menos quatro meses de atrasos no recebimento dos recursos do programa que, se não forem liberados na semana que vem, podem ser recebidos só em dezembro.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) depende da aprovação do projeto para assinar os contratos com os bancos que operam o Fies, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, e abrir os aditamentos do segundo semestre de 2016. Como esse processo demora em torno de 20 dias e os pagamentos normalmente só são feitos no início de cada mês, as empresas temem que perdure a escassez de caixa.

Aditamentos são uma espécie de renovação semestral dos contratos, os quais estavam travados neste segundo semestre porque o governo não tinha orçamento para o pagamento da taxa de administração da Caixa e do BB.

Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o orçamento que havia disponível na pasta para esta operação só foi suficiente para cobrir as despesas apenas até abril. O Ministério culpa a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff pelos atrasos.

Essa foi a quarta vez que o projeto entrou na pauta do Congresso, depois de a votação ter sido adiada em duas ocasiões por falta de quórum e ter migrado da terça-feira para quarta-feira. Na madrugada desta quinta-feira, 6, após mais de cinco horas de sessão, novamente não havia quórum para a votação. O temor de novos adiamentos preocupa as empresas, já que o feriado de 12 de outubro e a realização do segundo turno das eleições municipais podem afetar o calendário do Congresso.

Conforme reportou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em paralelo ao andamento desse projeto de lei, o setor negociou com o Ministério da Educação pedido para que a liberação de recursos fosse feita via Medida Provisória. Um processo de consulta chegou a ser aberto no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre essa possibilidade.